Com 175 anos de história, tem como patrono um dos grandes escritores portugueses e aqui estudaram algumas figuras conhecidas da política portuguesa, como Pedro Passos Coelho ou José Sócrates. Entrar nesta escola, é como entrar num mundo à parte, prova disso é que “muitos turistas pensam que se trata de um museu, devido à nossa fachada”.
É com a ajuda da diretora, Helena Correia, que percebemos um pouco mais sobre a história e a dinâmica desta escola. “É uma escola de várias gerações, por exemplo, temos professores que foram cá alunos e temos alunos cujos avós foram cá professores”, conta.
Em termos de oferta educativa, “somos uma escola secundária, com 3º ciclo, no qual temos ensino articulado, através de um protocolo com o Conservatório de Música de Vila Real. No ensino secundário, temos as vertentes de línguas e humanidades, ciências e tecnologias e também o curso de artes visuais”. Neste último, “há poucas escolas com essa oferta no distrito. Penso que só aqui e em Chaves”.
E os cursos profissionais têm ganho terreno. “Neste momento temos uma turma de Técnico de Auxiliar de Saúde e outra de Técnico de Apoio Psicossocial. No próximo ano letivo vamos ter uma turma agregada de Técnico Auxiliar de Farmácia e Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos”, indica, referindo que “é uma vontade dos alunos, que foram auscultados sobre as áreas que gostariam de ter disponíveis”.
Neste momento, a escola tem cerca de mil alunos, sendo que “temos também resposta para estrangeiros, com português – língua de acolhimento, com duas turmas a funcionar. Uma delas surgiu fruto da vinda de ucranianos para Portugal”.
“Somos uma escola com carisma, muito dinâmica e muito próxima do aluno”, confessa Helena Correia, referindo que “os professores passam muito tempo com os alunos e conseguem perceber quando algo não está bem. E mesmo os funcionários, até com máscara, sabiam quem era quem e têm uma ligação muito próxima com os alunos, sendo, muitas vezes, um ombro amigo. No fundo, somos uma família”.
Ser diretora da Camilo Castelo Branco “é um desafio muito grande”, admite, porque “é o Liceu. A minha missão é fazer que tudo funcione e ouvir aquilo que é necessário ser feito para que o ensino de qualidade continue a ser ministrado”.