Em Chaves, o mês de agosto começou e terminou com danças e cantares tradicionais, no âmbito do ciclo “Tardes de Folclore”. De acordo com a autarquia local, responsável pela organização da iniciativa, esta “teve como principal objetivo dar a conhecer a riqueza cultural dos grupos populares do concelho e animar as tardes de domingo na cidade flaviense”.
Para os participantes foi, sobretudo, uma forma de divulgar o trabalho desenvolvido ao longo de todo o ano, de atrair potenciais interessados e de preservar tradições. Elisabete Melo, ensaiadora do Grupo de Danças e Cantares Regionais de Santo Estevão, destacou a importância de voltar “ao ativo” depois de dois anos de pandemia. “Os ensaios são, sobretudo, um convívio, no qual estamos em família, a cantar e a dançar. Estávamos mesmo muito ansiosos por voltar e este regresso. Pisar um palco, é ainda mais especial. Neste ciclo a grande mais-valia é poder mostrar o trabalho que é feito ao longo do ano. A Câmara usou a prata da casa, o que é ótimo”, frisou.
“A grande mais-valia é poder mostrar o trabalho que é feito ao longo do ano”
ELISABETE MELO – Santo Estevão
José Alves, representante do Grupo de Cantares Alegres Tradições de Vilela do Tâmega, destacou, também, a importância de divulgar “a nossa cultura perdida nas localidades. É preciso haver mais iniciativas que promovam este convívio, esta alegria, para que não deixem morrer aquilo que, por vezes, fica perdido nas aldeias. A cultura popular não devia morrer”.
Rufino Martins, presidente da Associação Ases da Madalena, refere que esta
“É preciso haver mais iniciativas. A cultura popular não devia morrer”
JOSÉ ALVES – Vilela do Tâmega
iniciativa “vai ao encontro da constituição do grupo”, a qual teve como propósito maior “preservar as tradições de que gosta, como o folclore. Por sua vez, a câmara, ao promover atuações junto do público, vai ao encontro dos nossos objetivos e estamos muito satisfeitos”, vincou.
“O folclore tem uma coisa muito bonita, a partilha, o que é para manter. Por isso, por um lado, quero deixar os parabéns às entidades que promoveram esta atividade e, por outro, dizer-lhes que estão no bom caminho e pedir que
“Chaves tem seis grupos de folclore. Quando as autarquias têm este tesouro, é de manter, incentivar e acarinhar”
RUFINO MARTINS – Ases da Madalena
continuem a apostar na riqueza cultural do concelho. Chaves tem seis grupos de folclore. Quando as autarquias têm este tesouro, é de manter, incentivar e acarinhar. É preciso preservarmos o que de melhor temos”, concluiu.
O ciclo “Tardes de Folclore” foi organizado pela Câmara de Chaves, com o apoio do Turismo de Portugal e Autoridade Turística Nacional.■