Quarta-feira, 11 de Dezembro de 2024
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Trabalhadores da restauração pedem horários que permitam “conciliar com a vida pessoal”

No contexto da ação nacional da CGTP-IN, “Mobilização, Reivindicação e Luta”, que decorreu ao longo do último mês, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte organizou um protesto em frente ao McDonald’s de Vila Real, reivindicando “melhores salários”, “horários estáveis” e “melhores condições de vida”.

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O presidente do Sindicato da Hotelaria do Norte, revelou que, em reuniões com a administração da McDonald’s, “procurou melhorar os salários, melhorar o pagamento de trabalho em dia de feriado, melhorar o ambiente de trabalho de pressão sobre os trabalhadores”, mas a empresa “recusou todas as propostas sindicais”.

Francisco Figueiredo lamentou que, este ano, não se conseguisse chegar a acordo com a associação patronal, a Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, porque “propôs salários abaixo do salário mínimo nacional para os aprendizes e estagiários”, e o sindicato “não podia aceitar uma tabela daquelas, para além de que o resto dos aumentos salariais também era muito baixos”.

O representante do sindicato acrescenta ainda que “os horários são alterados todas as semanas”, fazendo com que os trabalhadores “não tenham vida pessoal e familiar”, porque “na semana seguinte não sabem que horário é que vão fazer”, exemplificando até com o Natal e o Ano Novo, em que os trabalhadores “não sabem se vão passar esses dias com a família”.

Assim, um dos objetivos destas ações e das reuniões é “sensibilizar a administração para ter horários estáveis para os trabalhadores terem vida pessoal familiar”, visto que tal “também é bom para as empresas, porque combate o absentismo, os trabalhadores realizam-se e trabalham com mais vontade, num ambiente mais saudável”.

Apesar da lei prever que “os horários possam ser fixos ou rotativos, Francisco Figueiredo pede para que sejam, pelo menos, “previsíveis, para os trabalhadores terem vida pessoal e familiar”, acrescentando que esse é um “imperativo da Constituição da República Portuguesa, em que o Artigo 59 diz que o patrão é obrigado a organizar os horários dos trabalhadores, de modo a conciliar a atividade pessoal com a vida pessoal e familiar”. E, portanto, “os trabalhadores têm direito”, concluiu.[/block]

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