“Vão chegar cerca de 300 mil vacinas no dia 13 de dezembro e, depois, durante o mês de janeiro, chegarão mais 400 mil vacinas, o que, para esta população, será suficiente”, disse António Lacerda Sales em Constância (Santarém), tendo feito notar que “”é uma vacinação diferente porque é por unidose, de 10 microgramas, cerca de um terço da dose de um adulto”.
O total de 700 mil vacinas asseguram as necessidades nacionais “para vacinar todas as crianças dos 5 aos 11 anos”, num processo de inoculação que está em fase de preparação e que aguarda pelo aval da Comissão Técnica de Vacinação, notou o governante, à margem da cerimónia de abertura da extensão de saúde de Montalvo, no concelho de Constância.
“Estamos neste momento à espera da decisão da Comissão Técnica de Vacinação, que esperamos seja uma decisão favorável, para vacinação das crianças até aos 11 anos, havendo ainda depois dessa decisão o parecer [da Direção-Geral da Saúde], e a nós o que nos compete, enquanto Governo, é ter todo o planeamento e toda a logística (…) para estarmos preparados para vacinar e é isso que estamos a fazer”.
Lacerda Sales destacou ainda os números relativos à vacinação contra a covid-19 em Portugal, tendo sublinhado a administração de mais de 1,5 milhões de doses de reforço e mais de dois milhões da vacina contra a gripe até ao momento, num país onde “85% da população tem o esquema vacinal completo”.
Também o ministro da Educação se pronunciou, hoje, sobre o assunto, adiantando que tudo estará preparado para avançar com a vacinação das crianças a partir dos 5 anos, de acordo com as regras da Direção-Geral da Saúde (DGS). Tiago Brandão Rodrigues espera que o processo decorra de forma rápida e extensa.
“O que desejamos é que a vacinação ocorra rapidamente e em grande extensão. É isso que eu espero que aconteça e é isso que eu tenho sentido das direções das escolas, dos professores e de quem representa os pais e os encarregados de educação”, disse Tiago Brandão Rodrigues.
Apesar da recomendação do regulador europeu, a administração da vacina em Portugal está dependente da decisão da DGS, que aguarda um parecer positivo da comissão técnica de vacinação.