O presidente da Câmara, Alberto Machado, está contra este encerramento, que está previsto para maio. “Esta decisão deve ser revertida, porque o que ouvimos dizer ao Governo e Ministério da Saúde é que Portugal é extremamente carente em cuidados paliativos”, sublinhando que, atualmente, as despesas de “infraestruturas, luz, água, aquecimento, manutenção” “são todas suportadas pela Câmara Municipal”.
Nos próximos dias, o autarca diz que vai fazer tudo para travar este encerramento, apesar de já ter tentado sem sucesso uma reunião com a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte). “Irei pedir uma reunião com o secretário de Estado, voltarei a insistir com a ARS-Norte”.
Irá ainda marcar um encontro com os funcionários e técnicos da unidade de cuidados paliativos de Vila Pouca de Aguiar, comunicar sobre este assunto com os deputados na Assembleia da República eleitos por Vila Real e irá dar conhecimento desta situação ao Presidente da República.
Alberto Machado não está contra a abertura do serviço em Chaves. “Portugal precisa deste tipo de serviços, mas não compreendemos este encerramento de um serviço pré-instalado, que tem sempre avaliações de bom e muito bom por parte dos utentes e familiares dos utentes”.
Entretanto, na vila corre uma petição em defesa da manutenção da unidade de cuidados paliativos em Vila Pouca de Aguiar, que já conta com mais de 1.100 assinaturas.
O Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) esclareceu que aquilo que “está em curso é a deslocação, não o encerramento, da unidade de cuidados paliativos para a unidade hospitalar de Chaves”.
“Com esta mudança, o centro hospitalar disponibilizará um espaço físico renovado aos seus doentes, com cerca de 20 camas, adaptadas às necessidades específicas desta valência, e integradas numa estrutura hospitalar, cumprindo, desta forma, diretrizes da Comissão Nacional de Cuidados Paliativos”, sustentou fonte do CHTMAD.