Daqui decorre que milhões de pessoas ficaram em situação de vulnerabilidade por variadíssimas razões: económicas, saúde física e mental, sociais, isolamento, solidão, sem capacidade para realização das suas atividades de vida diária. Também, como consequência desta medida, as vítimas de violência doméstica ficaram mais sujeitas a casos de situações de mau trato, pois estão confinadas ao mesmo espaço habitacional com o/a agressor/a.
Na tentativa de proteger as pessoas que se encontrem nesta situação, a secretaria de Estado para a Cidadania e Igualdade desenvolveu um plano de combate à violência doméstica em contexto de Covid – 19, mantendo em pleno funcionamento a Rede Nacional de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica (RNAVVD) e reforçando-a com o aumento de novas estruturas e medidas.
A atual RNAVVD compreende a área da cidadania e igualdade do género, as casas abrigo, as respostas de acolhimento de emergência e as estruturas de atendimento. Acresce ainda um serviço telefónico, 800 202 148, permanente, confidencial e gratuito. Se não puder falar, pode enviar SMS para 3060 ou e-mail para covid@cig.gov.pt.
As estruturas de atendimento podem ser encontradas no setor social e na Administração Pública. Aqui estão disponíveis nas forças de segurança, GNR e PSP, segurança social, serviços de apoio aos emigrantes, IEFP e Serviço Nacional de Saúde (cuidados de saúde primários e hospitalares). A Saúde pode ser a porta de entrada para quem precisa de ajuda nesta área. E nunca é de mais lembrar que a violência doméstica é um problema transversal a toda a sociedade, com elevados custos económicos e sociais.
Se se encontrar numa situação destas, procure apoio junto dos serviços acima elencados, para terminar com esse relacionamento abusivo e recuperar o controlo da sua vida.