Em cada um desses homens e mulheres não havia apenas compromisso com o bem comum, mas também uma dimensão humana que fez com que as suas vozes fossem mais do que políticas — foram vozes de empatia, de esperança e de luta por um mundo mais justo.
Lembrar quem partiu é, também, um exercício de humildade. É um convite a refletirmos sobre o papel fundamental que cada pessoa desempenha nas instituições e sobre como a força das nossas ideias depende, acima de tudo, da qualidade humana e ética de quem as defende. Os que nos deixaram não eram apenas rostos de campanha ou votos em plenário, eram seres humanos com ideais nobres, que dedicaram os seus dias ao serviço público e à construção de um futuro melhor. Foram pessoas que, nas pequenas atitudes do dia a dia, mostraram que a política, para além de números e leis, é feita de gestos, de proximidade e de uma incansável preocupação com o outro.
Num mundo em que a política parece muitas vezes esquecida da sua própria essência, a efemeridade da vida recorda-nos de que é preciso reencontrar o valor do humanismo na vida pública. Política não é, e não pode ser, apenas uma disputa por poder ou estatísticas.
Política é, ou deveria ser, um exercício de escuta, de empatia, de reconhecimento da dignidade em cada um. A verdadeira política está em olhar para o próximo e entender que o bem-estar de todos é a única medida real do progresso. E os que hoje homenageio souberam fazer isso.
A saudade que sentimos dos que partiram é, sem dúvida, a prova de que cada um deles deixou a sua marca. Nos encontros de bastidores, nas reuniões de trabalho, nas conversas francas e nas trocas de ideias, sempre mostraram que a política é, acima de tudo, uma relação de confiança. Cada um deles, no seu papel, ensinou-nos algo sobre responsabilidade e altruísmo. E, acima de tudo, lembraram-nos de que as instituições são feitas de pessoas, de seres humanos falíveis, sim, mas com a imensa capacidade de se dedicarem a um ideal maior.
Que neste contexto das complexas demandas da sociedade tenhamos a coragem de priorizar o que verdadeiramente importa: as pessoas. Que através de ideias e ações sejamos capazes de afirmar que o papel de um político é estar sempre a serviço dos outros, especialmente dos mais vulneráveis, e que a ética e o respeito não são meras palavras de ordem, mas valores essenciais e inegociáveis.
É nossa responsabilidade dar continuidade ao legado que deixaram, recordando a cada dia que somos partes que fazem parte de um todo maior, que do verdadeiro respeito pela diversidade e inclusão de diferentes pontos de vista nasce a força, sempre pautados pelo respeito, pela justiça e pela solidariedade. Que o exemplo de humanismo que cada um deles trouxe ao nosso partido nos inspire, a cada dia, na construção de uma política mais próxima das pessoas.
Esta é a minha homenagem aos que partiram. A saudade ficará, mas também a certeza de que as suas vidas foram exemplos de que a política pode, sim, ser um espaço de dignidade, de serviço e de esperança.