Com pouco mais de uma década de existência, estes espaços virtuais passaram de ser uma excentricidade juvenil e uma ferramenta útil para entrar em contacto com velhos amigos, para se tornarem o local por excelência onde ocorrem transações de todos os tipos: desde a compra e venda de produtos e a publicação de anúncios de bens e serviços até à paixão e à divulgação de conteúdo pessoal. Tudo é centralizado nas suas páginas digitais.
Sejamos sinceros, hoje em dia, quem não usa o facebook? Quem não usa o whatsapp para enviar mensagens, fotografias e fazer chamadas? O nosso mundo “virtual” mudou e temos de nos adaptar a esta nova realidade.
O aparecimento da internet e, por sua vez, das redes sociais, fez com que a maneira como comunicamos se alterasse, tornando-a mais prática, rápida e eficiente. Conseguimos estar em contacto através de um simples click .
Estes meios de comunicação possuem aspetos positivos como a comunicação fácil ou a criação de uma maior rede de contactos. No entanto, também acarretam consequências negativas se forem usados de forma descontrolada ou abusiva.
Movemo-nos pelo número de “likes” nas fotografias e publicações, pelo número de amigos ou seguidores (amigos virtuais, porque não os conhecemos na realidade), pela maior partilha de informação pessoal.
As redes sociais podem e devem ser utilizadas como uma ferramenta de comunicação, mas existe algo que a internet não pode proporcionar, a interação e o ambiente social, sendo que a permissão do seu uso excessivo leva à banalização da interação social e à superficialidade das relações interpessoais.
Vivemos também numa época de desinformação. Um estudo recente do MIT (Massachusetts Institute of Technology) veio demonstrar que as notícias falsas viajam seis vezes mais rapidamente do que as notícias reais.
Mas as redes sociais vão mais longe. Têm a capacidade de mudar a forma como pensamos, o que fazemos e até quem somos.
Nos últimos anos, as redes sociais emergiram como poderosas ferramentas de comunicação e influência, transformando profundamente o cenário político global, estas desempenham um papel crucial na disseminação de informações, na mobilização de eleitores e na formação de opiniões políticas.
Este fenómeno tem implicações significativas para candidatos, partidos e eleitores, mudando a forma como as campanhas são conduzidas e como o público se relaciona com a política.
Apesar dos benefícios, a influência das redes sociais na política não está isenta de desafios e controvérsias. A disseminação de desinformação e fake news é uma preocupação crescente, podendo manipular a opinião pública e distorcer o processo democrático.
Além disso, o uso de contas falsas pode aumentar artificialmente o apoio a determinados candidatos ou ideias, confundindo os eleitores.
A rapidez com que as notícias circulam permite que as perceções sobre os políticos e suas agendas sejam construídas, destruídas e remodeladas em questão de horas.
A esfera política, que tanto necessita de objetividade na democracia, acaba por ficar sobrecarregada de emoções. A excitação política vira normalidade, enquanto o essencial fica negligenciado ou desaparece por completo.
Estamos em ano de eleições autárquicas e houve quem já desse o tiro de partida… nas redes sociais.
A animação promete.