Por vezes é no mais “irreal” dos cenários que nos damos conta da necessidade da existência de algo que nos dê uma posição real e séria de tudo o que nos rodeia.
Falo obviamente do papel que a imprensa tradicional tem vindo a ter no decurso da epidemia.
Num cenário hipotético e futurista, imaginem que estávamos numa época em que a imprensa tradicional já teria desaparecido e toda a pseudoinformação estaria apenas centrada em redes sociais baseada como por aí acontece muitas vezes em boatos alarmistas. Já imaginaram o caos que poderia advir desse facto? Num mundo onde os populismos e os fanatismos de vária ordem estão tão presentes, imaginem as convulsões sociais que a falta de “filtro” poderia ocasionar.
Claro que nem todos os órgãos de comunicação social se movem pela mesma ética ou pela mesma clarividência das notícias e da informação, mas não consigo conceber uma Democracia sem a existência de orgãos de comunicação social livres e isentos, que disponham de todo o seu sentido crítico e de todos os filtros necessários para procederem de forma integra e verdadeira perante os seus leitores Vou mais longe, o poder político deveria olhar com toda a atenção para o esforço sério e sagaz que muitas destas empresas estão hoje a fazer para que a esmagadora maioria das pessoas, naturalmente assustadas com tudo o que vai acontecendo à sua volta, tenha efetivamente uma informação real e não uma informação falsa e alarmista.
Voltando o foco para a imprensa regional e local, tem sido feito por alguns órgãos de comunicação um esforço tremendo para que as populações de determinadas regiões fiquem também elas a saber, com todo o rigor, aquilo que se vai passando nas suas áreas geográficas. Não podia deixar de destacar neste particular o excelente trabalho que o jornal “A Voz de Trás os Montes” tem vindo a realizar com todas as dificuldades inerentes ao que todos estamos a viver no presente, com uma aposta em Diários Informativos (diretos) através das suas redes sociais, onde têm sido entrevistadas pessoas com responsabilidades em várias áreas da nossa Região. Faz assim jus ao título que lhe dá nome, não esquecendo que se trata efetivamente do único Jornal Regional em toda a Região de Trás-os-Montes e Alto Douro.