Sábado, 27 de Julho de 2024
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Alunos pedem melhores condições nas salas de aula

Os alunos do Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião manifestaram-se à porta do estabelecimento escolar. Dizem-se solidários com a luta dos professores e aproveitaram para pedir melhores condições nas salas de aula.

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Vários alunos de Santa Marta de Penaguião manifestaram-se hoje à porta da escola. Nos cartazes que seguravam liam-se algumas frases de apoio à luta dos professores, pedindo um ensino de qualidade.

“Estamos aqui para mostrar a nossa indignação face à negligência do Governo para com os problemas que a educação atravessa”, afirma Francisco Morais, presidente da Associação de Estudantes, adiantando que “a luta dos professores é a nossa luta”.

Os professores pedem um ensino de qualidade e isso passa, também, pelas condições dos estabelecimentos. No caso de Santa Marta de Penaguião, estes alunos queixam-se do facto de as salas serem frias.

“Às vezes temos aulas com temperaturas negativas. Para combater o frio há alunos que chegam a trazer mantas. E claro que chega a um momento em que não conseguem aprender nada”, explica o presidente da Associação de Estudantes.

Matilde Cardoso, uma das alunas presentes na manifestação, disse à VTM que “as salas são geladas. Eu já cheguei a estar na sala de aula com dois casacos e uma manta”.

Este parece ser um problema com vários anos, tendo em conta o que fomos percebendo da conversa entre os alunos e alguns pais que se deslocaram à escola depois de, alegadamente, terem recebido uma chamada onde lhes foi pedido que convencessem os filhos a voltar para o interior do estabelecimento. “Eu já tive outros filhos aqui a estudar e já era assim. Alguém tem de fazer alguma coisa. Eu não sabia que eles se iam manifestar, mas têm o meu apoio”, disse uma das mães.

“Para combater o frio há alunos que chegam a trazer mantas”
Francisco Morais
Presidente Associação Estudantes

A VTM tentou contactar a direção da escola, tendo-nos sido dito que “ninguém está disponível neste momento, por estarem numa reunião”.

Já na câmara municipal, fomos recebidos pela vice-presidente que admitiu que “temos um problema com o aquecimento na nossa escola desde sempre, que não escondemos”.

Segundo Sílvia Silva, “todos os anos gastamos “fortunas” com manutenções, pedidos de opinião, testes. Aquilo que nos vão dizendo é que há um problema de base, mas não sabemos qual. A última informação que nos deram é que as caldeiras são consideradas domésticas e deviam ser industriais”.

E avança que “temos feito muita coisa” para colmatar a situação. “A escola tem cortinas de corte de calor, colocámos ar condicionado nos locais onde os alunos passam mais tempo e vamos colocar ar condicionado, também, nas extremidades, tendo em conta que é onde decorrem aulas de artes e onde estão os laboratórios e, por isso, são uma prioridade, enquanto não temos outra solução”.

Eu já cheguei a estar na sala de aula com dois casacos e uma manta”
Matilde Cardoso
Aluna

“Para retificar todos os problemas são precisos cerca de 300 mil euros ou mais. Não nos podemos esquecer que somos uma câmara pequena”, indica Sílvia Silva, acrescentando que “estamos à espera das verbas do PRR e das eficiências energéticas”. 

Por fim, a vice-presidente vinca que “temos feito de tudo”, mas “infelizmente ainda não conseguimos resolver a situação”.

“Se perguntarem aos pais, aos alunos e aos professores, tirando essa questão do frio, aquela escola não tem lacunas. Há transportes a toda a hora, é uma escola digital, com quadros interativos e computadores para todos”, conclui a autarca.

 

 

 




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