Sexta-feira, 26 de Julho de 2024
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Aproximação da época natalícia preocupa delegado de saúde

De acordo com Gustavo Martins-Coelho, nenhum dos concelhos da Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega se encontra, à data, no nível de risco mais elevado e a maioria dos novos casos apresenta sintomas ligeiros. A principal preocupação prende-se, agora, com a aproximação do Natal

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Na última semana verificou-se um aumento de casos de Covid-19 na região do Alto Tâmega, em especial em Chaves, sendo o concelho da região com mais casos ativos, maior número de habitantes em quarentena e maior taxa de incidência da doença nos últimos 14 dias.

De acordo com Gustavo Martins-Coelho, delegado de saúde da USP do Alto Tâmega e Barroso, em declarações à VTM, a situação deve-se ao facto de este “ser o concelho com maior população total. Mesmo que a incidência, nos últimos catorze dias, em Chaves, não fosse mais elevada do que nos outros concelhos, a maior população, por si só, levaria a uma maior concentração de casos neste concelho”.

Além disto, “é o concelho com maior densidade populacional (mais do dobro da densidade média da Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega), e, a par de Valpaços, o único que compreende uma cidade: a maior urbanização contribui para uma maior concentração de pessoas, facilitando a transmissão da doença”.

Segundo Gustavo Martins-Coelho, “a faixa etária em que mais tem aumentado o número de casos é a dos 0 aos 11 anos, que corresponde à faixa etária não abrangida pela vacinação contra a Covid-19”. Posto isto, o delegado destacou a importância da mesma.

“Do ponto de vista da gravidade clínica, os casos observados têm sido maioritariamente com sintomatologia ligeira, não precisando de cuidados hospitalares. Esta relativa leniência da pandemia nesta fase é fruto da vacina, que protege as pessoas doentes de formas graves e mortais da doença”.

Porém, “é preciso não esquecer que mesmo uma pequena proporção de doentes graves é capaz de esgotar os recursos dos hospitais, se a transmissão na população ocorrer de forma desenfreada”. Neste contexto, o delegado de saúde deixou alguns conselhos à população numa altura em que caminhamos, a passos largos, para uma quadra que, por tradição, apela ao convívio.

“No Natal, há muitos convívios que não acontecem com frequência ao longo do resto do ano, quer em termos do número de pessoas que se juntam, quer da origem dessas pessoas. É frequente os familiares que se encontram emigrados, ou a viver noutra zona do País, regressarem à origem. Por isso, é preciso pensar que cada uma destas deslocações de familiares e amigos pode trazer consigo Covid-19 doutras paragens”.

Assim sendo, “o primeiro conselho que posso dar é: se ainda não o fez, vacine-se. A vacina funciona e é segura. Se já se vacinou, mas faz parte dos grupos elegíveis para dose de reforço, vacine-se novamente com essa terceira dose. O segundo conselho é reforçar os cuidados que têm vindo a ser divulgados neste último ano e meio: utilização de máscara, lavagem das mãos, autovigilância de sintomas e contactar imediatamente o SNS24 (808 24 24 24) em caso de tosse, febre, cansaço ou perda do paladar ou do olfacto”.

Por último, “o terceiro conselho é conversar com as pessoas que nos rodeiam e promover a saúde pública junto delas: explicar-lhes a importância de se vacinarem, se ainda o não fizeram, bem como dos cuidados gerais que já referi; e ajudá-los a isolar-se e a contactar o SNS24 se notarem nelas os sintomas de Covid-19 referidos anteriormente”.

Segundo o último boletim epidemiológico especial da Unidade de Saúde Pública do ACES do Alto Tâmega e Barroso, há 150 casos ativos de Covid-19 na região. Boticas tem um, Ribeira de Pena dois, Vila Pouca de Aguiar sete, Montalegre 16, Valpaços 26 e Chaves 98.




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