Esta quarta-feira, em conferência de imprensa, a autarquia vila-realense falou aos jornalistas sobre a intenção de ver a procissão do Bom Jesus do Calvário classificada como Património Cultural Imaterial.
Segundo Mara Minhava, vereadora com o pelouro da cultura, “a procissão do Bom Jesus do Calvário é uma das maiores demonstrações de fé no concelho. Ainda que acreditemos que é uma tradição que não está em risco de se perder, queremos protegê-la e promovê-la, daí esta candidatura”, afirma.
Vítor Nogueira, coordenador do projeto de candidatura, aproveitou para lembrar a origem desta procissão, que está “diretamente ligada aos problemas que afetaram, à época, a Região Demarcada do Douro”, nomeadamente pragas e fundos que afetaram a vinha.
“Ao contrário da maior parte das procissões e manifestações religiosas desta natureza, curiosamente, sabemos quando surgiu esta procissão e porquê. Aparece em 1854, numa altura em que a região do Douro vivia o primeiro embate causado pelo aparecimento do fungo oídio e com as pessoas a pedir a proteção divina para essa calamidade”, explicou.
A candidatura a Património Cultural Imaterial está a ser preparada e deve ser submetida ainda este ano.