A Cadeia de Sobrevivência representa, simbolicamente, o conjunto de procedimentos que permitem salvar vítimas de paragem cardiorrespiratória e, o caso anterior, é um exemplo perfeito de como uma intervenção rápida e estruturada pode fazer a diferença.
Trata-se de um conjunto de quatro elos encadeados, que se desenrolam de uma forma sequencial, igualmente importantes e que representam as etapas a seguir perante uma vítima em paragem cardiorrespiratória.
Se instituída precocemente permite aumentar significativamente as probabilidades de sobrevivência das vítimas e a sua qualidade de vida após o evento.
O primeiro elo da cadeia depende do facto de quem presencia uma situação de Paragem cardiorrespiratória consiga reconhecer a gravidade da situação e de imediato ligue 112 ativando, assim, o Sistema Integrado de Emergência Médica.
O 112 é o número Europeu de emergência, atendido nas Centrais Distritais PSP e, em situações de emergência médica a chamada é encaminhada para o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM.
Deve-se manter a calma e responder as perguntas colocadas pelo operador: ONDE- Dizer o local exato e sempre que possível indicar pontos de referência; O QUÊ- O tipo de situação (doença, acidente de viação, queda, intoxicação, etc); QUANTAS- O número de vítimas; sexo e idades das vítimas; COMO- o estado das vítimas.
Deve disponibilizar o número de telefone do qual está a ligar, para o caso de haver necessidade de voltar a contactar.
Desligar o telefone apenas quando o operador o indicar. É importante ter em conta que cada minuto sem pedir ajuda diferenciada reduz claramente as probabilidades de sobrevivência da vítima.
Após pedir ajuda é fundamental que quem presenciou a situação inicie Suporte Básico de Vida de imediato. Dificilmente apenas com SBV se recupera uma vítima em PCR, mas permite manter a circulação e a ventilação até à chegada de ajuda mais diferenciada. É fundamental não desistir, mesmo que, aparentemente não estejam a ter sucesso. Esta perturbação do ritmo cardíaco caracteriza-se por uma atividade elétrica caótica de todo o coração, em que não há contração do músculo cardíaco e, como tal, não é bombeado sangue para o organismo. O único tratamento eficaz para esta arritmia é a desfibrilhação que consiste na aplicação de um choque elétrico, externamente a nível do tórax da vítima, para que a passagem da corrente elétrica pelo coração pare a atividade caótica que este apresenta.
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