A medida foi anunciada hoje pelo primeiro-ministro, António Costa, no final do Conselho de Ministros em que foi decidido que Portugal deixa a partir do dia 01 de outubro de estar em estado de contingência passando para estado de alerta e entra na terceira e última fase do plano de desconfinamento aprovado em 29 de julho.
O certificado digital é até agora exigido para o consumo de refeições no interior de restaurantes, a partir da tarde de sexta-feira e aos fins de semana e também no momento de ‘check-in’ dos clientes em alojamentos e unidades hoteleiras.
Na base da decisão para avançar está o facto de a ‘task-force’ estimar que na próxima fase o país atinge 85% da população com vacinação completa contra a Covid-19.
Contudo, a apresentação do certificado continuará a ser necessária para assistir a “grandes eventos culturais”, deixando haver limitação de lotação.
Sobre o uso de máscara em espetáculos, António Costa explicou que será obrigatório “sempre que não haja distância de dois metros entre pessoas”.
“Se for a uma sala de cinema e estiverem mais quatro ou cinco pessoas na sala, tem condições para não estarem todos em cima uns dos outros e poderem não ter a máscara. Se for a um espetáculo onde houver lotação esgotada e estiver hora e meia, duas horas, três horas ao lado das mesmas pessoas, é saudável para todos que estejamos protegidos com o uso da máscara”, disse.
Bares e discotecas
Do conselho de ministros saíram, ainda, boas notícias para os espaços de diversão noturna que, encerrados desde março de 2020, poderão reabrir a partir de 1 de outubro, mas atenção, só para clientes que apresentem certificado digital.
“Relativamente aos bares e discotecas, o passo que damos é enorme. São praticamente as únicas atividades que, desde o início desta pandemia, têm estado permanentemente fechadas. Porque todos sabemos que implicam uma grande proximidade entre as pessoas e uma grande interação entre as pessoas. A opção era tornar a máscara obrigatória, mas creio que todos compreendemos que não faz sentido, daí a exigência do certificado. O desejo que temos, naturalmente, é que esta seja uma condição que com o tempo possa desaparecer”, afirmou o primeiro-ministro.