No final da eucaristia, o novo bispo deixou uma saudação aos presentes, “amigos de sempre e para sempre”, agradecendo em particular a todos os que colaboraram na oferta das insígnias episcopais.
“Estimados amigos, aqui nasci e cresci, convosco pensava prosseguir este caminho, nesta nossa Diocese, era o expectável, mas os desígnios do Senhor são insondáveis”, declarou.
“O Senhor deu-me esta missão, esta cruz. Agora, espero que me ajude a levá-la com a colaboração e apoio de todos vós”, acrescentou.
D. Delfim Gomes falou do lema episcopal que escolheu, “é dando que se recebe”, inspirado numa oração de São Francisco de Assis.
“O verbo dar tem-me acompanhado ao longo da vida. Dei-me, continuarei a dar-me, porque ‘é dando que se recebe’”, declarou.
“O ramo de oliveira, plasmado em todas as insígnias, recordar-me-á de onde sou, a terra que me viu nascer, crescer, me nutriu e me mimou”, prosseguiu.
O responsável assumiu como objetivo do seu ministério episcopal o “anúncio da Palavra de Deus, como necessidade vital, na fidelidade à Igreja, como promessa e união, no convite à santidade, como programa de vida, e na missão de pastor em nome de Deus, como serviço vigilante e atento a todos”.
A celebração contou com a presença de mais de duas dezenas de cardeais, arcebispos e bispos de Portugal e Espanha, autoridades locais e representantes da sociedade civil.
D. Delfim Gomes foi conduzido pelos presbíteros que o assistem, os padres Sobrinho Alves e Joaquim Leite, à presença de D. José Cordeiro, a quem manifestou, como prevê o ritual da ordenação, “o seu desejo e vontade de vir a exercer o seu ministério episcopal em sintonia com o pensamento de Cristo e da sua Igreja, em comunhão com o Colégio Episcopal e sob a autoridade do Sumo Pontífice, Sucessor de Pedro”.
D. Delfim Esteves Gomes nasceu a 1 de janeiro de 1962, em Bragança, Paróquia de Santa Maria, tendo sido ordenado sacerdote na mesma cidade, a 3 de setembro de 1989.
As suas insígnias episcopais (brasão, báculo, anel, cruz e mitra) assentam nas cores do Nordeste Transmontano.
Na Catedral de Bragança, com capacidade de 5 mil lugares, o coro e orquestra foram dirigidos pelo casal Patrícia e Chéu Libano, com a participação dos coros paroquiais da cidade de Bragança, do Coral Brigantino, de Torre de Moncorvo, de Vila Flor, da Filarmónica de Bragança, e dos organistas residentes da Catedral e do Santuário da Senhora da Assunção de Vilas Boas.