Quinta-feira, 12 de Dezembro de 2024
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“Esperamos que a escola se posicione como uma referência e seja fortemente internacionalizada”

O arranque da Escola de Hotelaria e Bem-Estar (EHB) deu-se no ano letivo de 2022/23, com a oferta da licenciatura em fisioterapia, e significou o regresso do ensino superior público a Chaves. Disponibilizando, igualmente, Cursos Técnicos Superiores Profissionais em Termalismo, a escola do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) contou com 120 alunos, número que deverá aumentar no próximo ano, quer na licenciatura atual quer com a abertura de uma nova em gestão e administração hoteleira.

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O objetivo é crescer de forma sustentada e que dentro de 10 anos a escola tenha cerca de 1000 alunos.

“Sabemos que o processo é lento, mas o arranque está a correr bem, temos a licenciatura em fisioterapia que tem tido formação em parceria com as outras escolas do IPB, nomeadamente com a de Saúde. É uma licenciatura com uma grande procura, é mesmo um dos cursos do IPB mais procurados”, destaca o presidente do IPB, Orlando Rodrigues.

O responsável garante que a instituição tem em Chaves “asseguradas excelentes condições pedagógicas de funcionamento”, na parceria com o município, destacando o acesso ao balneário pedagógico de Vidago e outras instalações que têm sido cedidas.

AUMENTO DA OFERTA FORMATIVA

Além da nova licenciatura em gestão e administração hoteleira, aprovada já para o próximo ano, estão também submetidas candidaturas a novas formações para aprovação da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), como a licenciatura em Osteopatia, para ampliar a oferta formativa.

Atualmente, a formação é ministrada em instalações cedidas pelo município, no balneário pedagógico de Vidago e no Aquavalor, enquanto a ESHBE não tem instalações próprias.

“Começámos o projeto no Alto Tâmega criando capacidade científica, através do Aquavalor, um laboratório colaborativo que foi criado como uma estrutura de investigação e transferência de tecnologia. É um instrumento fundamental neste ecossistema que se pretende criar, de qualificação, produção de conhecimento e inovação, que tem várias vertentes, o Laboratório Colaborativo, a Escola e outras unidades de investigação, que no futuro procuraremos criar na região”, destaca.

CRESCIMENTO E INSTALAÇÕES

Estando em fase de desenvolvimento, ainda sem instalações definitivas, o IPB está a tratar dos projetos de ordenamento do campus e de construção das instalações. “Pretendemos construir nos próximos anos a escola, cantina e residência de estudantes”, refere. Esta última vai arrancar em breve, estando os projetos a ser ultimados. “Em julho, no máximo, lançaremos o concurso de empreitada de construção e antes do fim do verão teremos de lançar a empreitada de construção da residência”, adianta Orlando Rodrigues. Um projeto no valor de 4,5 milhões de euros, apoiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência, com capacidade para 120 estudantes e uma componente pedagógica para apoiar o curso de administração hoteleira.

O terreno onde será construído o campus da EHB, cedido pela câmara municipal, situa-se junto ao Instituto de Emprego e Formação Profissional. O lançamento destas empreitadas será mais para a frente, mas será um investimento que deve situar-se entre os 10 e os 15 milhões de euros.

O projeto estratégico para a EHB é que “seja fortemente internacionalizada”, que seja capaz de “se posicionar na cena internacional como uma escola de referência”, em particular tendo em conta as valências que existem no Alto Tâmega e Barroso na área do termalismo e outros recursos naturais, “que a configuram como uma oferta diferenciada e de elevada qualidade”.

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