O efeito primário da exposição solar é a pigmentação da pele, com isto, o bronzeamento é um mecanismo adaptativo para proteger a pele da radiação.
A consequência imediata da exposição solar excessiva são as queimaduras solares, mas só alguns anos mais tarde começaram a surgir as principais consequências, tais como o envelhecimento prematuro da pele e o aumento marcado da incidência de vários tipos de cancro da pele. Todos os anos são diagnosticados mais de 1 milhão de casos de distúrbios da pele a nível mundial, sendo 300 mil casos de melanoma, um tipo frequente de cancro da pele. Em Portugal aparecem, anualmente, cerca de 12000 novos casos de cancro da pele, sendo mais de 1000 casos de melanoma. Em 2019, estima-se que morreram, aproximadamente, 400 pessoas com essa doença a nível nacional, sendo que 90% das mortes por cancro podem ser evitadas, segundo a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC).
Existem diversos métodos para evitar a exposição solar direta, como, por exemplo, usar vestuário adequado, como chapéu e óculos de sol. É importante evitar a exposição solar direta entre as 11h00 e as 17h00, horas em que a incidência de radiação solar é maior. A exposição ao sol deve ser gradual e progressiva. É fundamental aplicar protetor solar de fator 30 ou superior, 15 a 30 minutos antes da exposição solar e repetir a aplicação do mesmo de 2 em 2 horas ou após um banho. Mesmo num dia com o tempo nublado o uso do protetor solar não pode ser dispensado. É importante não esquecer de proteger os lábios, orelhas e o nariz, locais onde com frequência surgem lesões malignas e queimaduras.
É de importante relevância em termos de saúde pública, dada a frequência, o aumento das medidas de informação e sensibilização aos profissionais de saúde e à população em geral.