São mais 29 funcionários do que em 2020, numa trajetória de crescimento que se tem verificado todos os anos desde a tomada de posse de António Costa, em 2015. No último ano completo de Pedro Passos Coelho, em 2014, existiam 1.013 funcionários a integrar os gabinetes do governo, menos 246 do que em 2021.
São dados da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) que revelam o número de funcionários nomeados pelos ministros e secretários de Estado, para funções diversas de apoio aos membros do governo: assessores, adjuntos, técnicos especialistas, motoristas, secretários pessoais e apoio administrativo.
Se compararmos com o 4.º trimestre de 2011, o primeiro ano de governação da coligação PSD-CDS, liderada por Pedro Passos Coelho, e após o pedido de ajuda internacional, o aumento é superior a 30%.
A tendência não se verifica apenas nas nomeações diretas do governo, mas também no aumento total de funcionários públicos. Invertendo a tendência de redução que se verificou durante o período de intervenção externa e durante o período de governação de Pedro Passos Coelho. Em 2011 existiam 728 mil funcionários públicos. A queda foi significativa até 2015, passando para 655 mil, mas em 2021 já alcançou 729 mil funcionários públicos após seis anos consecutivos de aumentos.
Ainda que algumas áreas se revelem críticas na necessidade de reforço de quadros, nomeadamente na saúde, não deixa de surpreender que em apenas seis anos se tenha invertido por completo a otimização levada a cabo entre 2011 e 2015. Perante tais indicadores, parece utópico que se consiga reduzir de forma ambiciosa a despesa primária e, por consequência, baixar impostos.