“É uma diocese jovem, mas certamente uma etapa que nos permite valorizar o caminho percorrido por tantas gerações e também celebrar, ganhar energia, e força espiritual para continuar a missão desta Igreja nestas terras de Trás-os-Montes e Alto Douro”, disse o bispo diocesano à Agência Ecclesia.
D. António Augusto Azevedo explicou que a vivência da fé “é sempre algo importante”, prioritário, sendo necessário estar atento àqueles que se afastaram ou que procuram a Igreja Católica.
“É uma nova geração que, de facto, tem algumas inquietações. A Igreja tem de estar preparada para acolhê-la e, por outro lado, preparada para acolher e responder àqueles que são marcados por algumas situações mais difíceis: a Igreja tem de ser mãe, casa acolhedora, casa de família”, sublinhou.
Na homilia, o bispo pediu aos jovens que sintam que esta Igreja “é a sua casa e a sua família, e se comprometam a torná-la cada vez mais nova e atraente”.
D. António Augusto Azevedo recordou que no programa religioso e cultural das comemorações do centenário constam momentos de reflexão “sobre história, alguns personagens marcantes, quer clérigos, quer leigos”, sobre algumas atividades, de movimentos, de grupos, que tem permitido “conhecer melhor o caminho feito e também perceber um bocado o que de bom há, os carismas e as potencialidades no meio desta Igreja”.
Henrique Oliveira, presidente da Cáritas Diocesana de Vila Real, salientou que algumas das tertúlias centraram-se na pastoral social e esses encontros permitiram ver como é que evoluiu esse serviço aos mais pobres, permitiu “pensar no futuro, naquilo que ainda é necessário fazer como, no fundo, testemunhar o Evangelho nesta ação específica da Igreja”.
“Também serviu para tomarmos consciência daquilo que ainda é necessário fazer na nossa missão específica, que é estar junto dos mais pobres e marginalizados. Agradecemos aquilo que recebemos e pensamos no futuro e naquilo que a nossa missão nos leva a fazer para os mais pobres”, acrescentou.
Presente nas celebrações, Rui Santos, presidente da Câmara de Vila Real assinalou que a diocese “é uma marca distintiva” que tem acompanhado o poder autárquico “nas alegrias, nas tristezas, nas lutas”, como a atual pandemia Covid-19 e no conflito na Ucrânia, uma “guerra que era impensável voltar à Europa”.
“A Igreja é fundamental na nossa vida coletiva. Está ao lado das populações do distrito de Vila Real e da região, e é indissociável do nosso dia a dia. Comemorar os 100 anos de tão importante instituição é para nós uma alegria. Sinto enorme orgulho na Diocese de Vila Real”, frisou o autarca.
Depois da Eucaristia, a Sé recebeu um concerto no seu Órgão Sinfónico da Catedral, pelo seu organista titular, Giampaolo Di Rosa (Itália).