Em comunicado, as duas entidades revelam que pretendem “estabelecer mecanismos de cooperação no âmbito de lecionação de Cursos Técnicos Superiores Profissionais (doravante CTeSPs) nas áreas de Educação Ambiental e de Prospeção Mineral e Geotécnica do IPB”.
De acordo com um protocolo celebrado entre as partes, o IPB fica responsável por “colocar em funcionamento na região do Alto Tâmega os CTeSPs de Educação Ambiental e de Prospeção Mineira e Geotécnica, salvaguardada a existência de um mínimo de 20 candidatos por curso”, bem como “informar a Lusorecursos das fases de candidaturas e inscrições nos referidos CTeSPs”.
Quanto à empresa, terá como obrigações “divulgar os CTeSPs”, “facilitar e colaborar na inscrição dos seus trabalhadores” nos cursos e “garantir a empregabilidade de, no mínimo, 80% dos formandos que terminem os CTeSPs identificados no período mínimo correspondente à duração do plano de estudos”.
A Lusorecursos terá também de “colaborar na lecionação de unidades curriculares dos referidos CTeSPs, através dos seus técnicos especializados, em termos a definir mediante adenda” ao protocolo.
O acordo é válido por dois anos, “renovando-se automaticamente por iguais períodos, salvo prévia comunicação em contrário de qualquer das partes outorgantes”, e poderá “ser modificado, no todo ou em parte, ou revogado, sempre por comum acordo entre os outorgantes”.
O projeto reformulado da mina de lítio que a empresa Lusorecursos quer explorar em Montalegre, que visa minimizar e compensar os impactos ambientais previsíveis, recebeu 308 contributos no âmbito da consulta pública, segundo o portal Participa.
No dia 24 de julho, a associação ambientalista Zero alertou que, no projeto da mina de lítio em Montalegre, o lobo-ibérico “será descartável”, defendendo que o conjunto de medidas de compensação preconizadas “não passam de promessas” em muitos pontos.
Antes, também a presidente da Câmara de Montalegre, Fátima Fernandes, assumiu uma posição de um “não claro e inequívoco” à exploração de lítio no concelho, classificando o projeto como “danoso”.