Nuno Vaz encabeçou a única lista a sufrágio, que mereceu o voto favorável de 85 dos 87 votantes. Aos jornalistas, defendeu um território “mais coeso, competitivo e inclusivo”, tendo a regionalização como um dos principais objetivos do mandato.
“Precisamos de todos para termos mais Norte e melhor Norte”, afirmou, referindo que a regionalização é, “claramente, um processo central de afirmação das regiões”. Por isso, “não podemos perder a oportunidade (de avançar com a regionalização), independentemente da visão que nós tenhamos da necessidade ou desnecessidade de referendos, daquilo que pode ser a forma como se vai construir”. Nuno Vaz defende que “não importa o caminho, mas sim o destino”.
“O destino é a regionalização, seja ela pela via que está equacionada e anunciada, seja por outra. Nós temos o dever de mostrar que estamos preparados e queremos verdadeiramente a regionalização”, frisa.
E enquanto novo presidente do conselho regional, Nuno Vaz espera que este órgão seja “uma voz firme e afirmativa”, capaz de esclarecer as “vantagens da regionalização e da utilidade que tem para os cidadãos”.
De referir que o Conselho Regional integra os 86 presidentes de câmara da região Norte e cerca de duas dezenas de organizações sociais, económicas, ambientais e científicas representativas do tecido institucional da região. Nuno Vaz é o novo presidente deste órgão, substituindo no cargo Miguel Alves, ex-presidente da Câmara de Caminha, nomeado em setembro para secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, mas que se demitiu do Governo em novembro. No cargo de vice-presidente mantém-se António Pimentel, presidente da Câmara Municipal de Mogadouro.
DIREÇÕES REGIONAIS
Presente na reunião do Conselho Regional do Norte esteve Ana Abrunhosa. A ministra da Coesão Territorial foi questionada sobre a polémica em torno das Direções Regionais de Agricultura e Pescas (DRAP), cujas competências vão ser transferidas para as CCDR.
“Os serviços vão continuar a ser exercidos no local onde as pessoas estão e, portanto, não haverá encerramento, nem deslocalização de serviços. Era impensável que agora todos os serviços passassem para outro território que não aquele onde estão a ser exercidos”, afirmou.
Sobre este novo modelo de governação, a ministra explicou que dará “mais autonomia e responsabilidade aos presidentes das CCDR”, adiantando que, no âmbito do Portugal 2030, “o plano de avisos será aprovado pelo Governo, mas depois serão decididos pela CCDR, em conjunto com as Comunidades Intermunicipais (05)”.[/block]