Domingo, 13 de Outubro de 2024
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O Casamento é um compromisso, não é só um dia de Festa

Alguns atrevem-se a dar um sentido mais nobre à sua liberdade e à sua vida e abraçam o matrimónio católico. Deixo aqui alguns conselhos e recomendações que o padre jesuíta, Vasco Pinto de Magalhães, deixa no seu livro - O Que Não Cresce, Decresce -, que reúne um conjunto de sessões que se realizaram na Diocese do Porto para noivos.

O Casamento não é um dia, é um processo que exige crescimento e aprofundamento quotidiano. O que fundamenta um casamento não é o simples gostar de alguém, é preciso ir muito além do simples gostar, o verdadeiro amor exige inteligência, convicções, espírito de serviço, saber viver com o desgosto e a dificuldade. O amor supõe a vontade. Não é um mero sentimento. O casamento visa criar uma comunidade estável e fecunda, que é a família. O interesse e o desejo primordiais, que animaram o namoro e o noivado, têm de dar lugar a um compromisso e a uma fidelidade, a uma construção familiar sólida, na vivência de um ideal.  Com o tempo, que o património não substitua o matrimónio. A felicidade de um casal e de uma família está na fecundidade e não na aquisição e usufruto de bens materiais, como ter saúde, dinheiro, carros, casas e outros bens. São coisas importantes, mas a verdadeira felicidade está no serviço à vida, na doação, no amor, na entrega mútua, na capacidade de sacrifício, no saber viver para o outro. Numa família e num casal saudável tem de existir boa comunicação em ordem à comunhão, com espaço para todos, sem autoritarismos. É importante que o amor seja inteligente, ou seja, capaz de perceber o que o outro precisa, como precisa e quando precisa, ir ao encontro das necessidades do outro, daquilo que lhe faz bem. O amor é muito mais do que desejo e paixão. Também é inteligência.

Amar é comprometer-se. O compromisso, ao contrário da atual mentalidade egoísta reinante, não mata o encantamento da liberdade. O compromisso não tira a liberdade, concretiza a liberdade. A liberdade não é estar solto, mas fazer opções bem feitas e assumi-las. Continuar sempre a namorar, para se corrigir cansaços, se continuar sempre a descobrir a riqueza e a beleza humana do outro, que é inesgotável; viver com objetivos e com um fim, definir um projeto comum e fazer por concretizá-lo todos os dias, e não desistir de chegar onde se quer chegar; não esquecer que o casamento não é um momento, mas um processo, uma construção, é crescimento. O amor é uma relação, que se aprofunda e constrói no tempo.

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