“Quando nós dizíamos que o estudo estava mal feito, incorreto, tinha afirmação que não correspondiam à realidade e tinha dados errados e, portanto, isto só vem confirmar a nossa posição e a nossa contestação na altura da consulta pública”, afirmou Fernando Queiroga.
A Savannah Resources, empresa que quer explorar a mina de lítio em Covas do Barroso, informou na semana passada que foi notificada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para reformular o projeto, antes da emissão da Declaração de Impacte Ambiental (DIA).
Após a apresentação e confirmação da aceitação das medidas de otimização, a APA tem um prazo até 50 dias úteis para proceder à sua avaliação e emitir uma DIA, prevendo-se, por isso, que a decisão seja tomada até março de 2023.
Fernando Queiroga considerou que o EIA “foi mal feito porque não tinha tudo, não diz a verdade toda, não tinha os argumentos todos”.
“Chamei a atenção que, por exemplo, não havia nada, um parágrafo sequer a fazer referência aos acessos que têm que rasgar no concelho de Ribeira de Pena e a Câmara de Ribeira de Pena ainda não foi consultada para isso. Não está aí vertido. Perguntei em modo irónico se o que vai ser extraído vai ser retirado de helicóptero ou avião, porque estradas não havia”, apontou o autarca.
Apesar de contente com o pedido da APA, o presidente disse que nunca poderá ficar descansado. “Achamos que a razão está do nosso lado e lutamos pelos direitos das populações, que eu acho que não estão a ser acauteladas, porque vai ser um prejuízo enorme para esta gente, que aqui continua a residir”.
“Nós, assim como a APA, estamos comprometidos em entregar um projeto ambientalmente responsável e socialmente otimizado. Da mesma forma, continuamos dedicados a um programa de vida do projeto de melhorias contínuas que foi ilustrado com a nossa estratégia de descarbonização em rápido desenvolvimento”, afirmou, em comunicado, Dale Ferguson, diretor executivo (CEO) da Savannah Resources.