Em 1993 Portugal tinha cerca de 25% das águas residuais tratadas, hoje a taxa ronda os 85%, um percurso que João Pedro Matos Fernandes apelida de “extraordinário”.
O ministro do Ambiente e da Ação Climática este esta sexta-feira em Vila Real, a participar num seminário, organizado pela Águas do Norte, dedicado ao saneamento.
“Passámos de 640 hepatites que se apanhavam bebendo a água da torneira, em 1993, para zero, no último ano. O que fizemos é, por isso, um trabalho de que muito nos orgulhamos”, afirmou.
O ministro destacou o percurso feito por Portugal nas últimas décadas, referindo que o país está “muito acima da média mundial”, mas que, mesmo assim, “não tem o problema todo resolvido”.
Segundo o ministro, quando se fala no abastecimento de água e do tratamentos dos efluentes, é preciso perceber que aquilo que aparentemente sobra nos sistemas, como as lamas das estações de tratamento de água (ETA), das lamas das estações de tratamento de águas residuais (ETAR), a própria água residual tratada nas ETAR, “não é um resíduo, é um produto”.
“E temos de saber encontrar formas para sabermos aplicar esse mesmo produto. A água residual tratada é água para muitas aplicações, não é obviamente para beber ou para lavar os dentes, mas para regar um jardim, lavar uma rua, para fazer a rega de culturas permanentes e já existem experiências em Portugal em que isso acontece”, frisou.
Notícia desenvolvida na edição de 25 de novembro