Sexta-feira, 13 de Dezembro de 2024
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Eduardo Varandas
Eduardo Varandas
Arquiteto. Colunista n'A Voz de Trás-os-Montes

Portugal e a crise do nosso descontentamento

À medida que os anos vão passando cada vez se torna mais evidente, a certeza de que as principais causas que estão na origem da grave crise social, económica e financeira que Portugal atravessa, radicam, em grande parte, na rejeição por parte de alguns elementos do MFA, designadamente da sua Comissão Coordenadora, do Plano apresentado pelo Prof. Adelino da Palma Carlos, primeiro-ministro do I Governo Provisório, de 17/05 a 18/07/74. Essa recusa, como é sabido, levou à sua demissão em 9 de Julho de 74 e posteriormente à renúncia do então General António de Spínola, em Setembro do mesmo ano, do cargo de Presidente da República.

O Plano, em questão, preconizava a realização de eleições presidenciais por sufrágio universal, em Outubro de 74, seguido de um referendo constitucional para a aprovação de uma Constituição provisória e o adiamento das eleições, por dois anos, para o Parlamento, ou seja para 1976. Pretendia o Prof. Palma Carlos, com esta sábia e pragmática proposta, evitar a bagunça, os destemperos e a rebaldaria que já se adivinhava que viriam a ocorrer – como, infelizmente, de facto, aconteceu – fruto das várias facções político-militares então emergentes no contexto do combate ideológico que se travava entre as diversas forças políticas que começavam a surgir no novo espectro partidário. Apesar de muitos argumentarem que o referido Plano não

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