Quanto à figura do centenário cidadão não haverá dúvidas de que, atualmente, será o mais idoso dos portugueses, com um curriculum polifacetado único. A Comunidade Transmontana pôs em prática uma forma original dessa comemoração: um júri elegeu 100 cidadãos exemplares na defesa dos valores cívicos, coroados pelo amor e dedicação às suas origens.
Esses 100 Transmontanos foram convidados a encontrar-se no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa. Todos desfilaram, perante os olhares de todos para receberem o competente diploma de honra. Nunca se tinha feito nada assim. A qualidade de Adriano Moreira passou a refletir-se em cada um dos 100 conterrâneos, que também eles beneficiaram do mérito do Mestre.
Acabo de saber que a UTAD vai atribuir um doutoramento Honoris Causa a Jorge Braz, ao atual selecionador nacional de futsal, também ele com raízes transmontanas.
Com este reconhecimento da UTAD, para com um transmontano que subiu a pulso e cujo mérito nacional deve ser reconhecido por toda a Nação Portuguesa, incluindo a Lusofonia, estou perfeitamente de acordo. Ao contrário de uma anterior decisão que entronizou na UTAD, um cátedra que resultou de um equívoco da Academia Sueca, que teve perfume mundial, mas que num plebiscito nacional não teria mais de 4 a 5%.
A mesma instituição não reparou no simbolismo da grandeza e, por isso, da justiça e da satisfação pública se tivesse trocado de protagonista. Teria recolhido a mais vistosa Instituição Científica de Trás-os-Montes, à volta de 97% de aplausos.
Acabo de receber como oferta de Monsenhor João Parente quatro volumes monumentais da Obra Idade Média no Distrito de Vila Real – documentos desde 1439 até ao ano de 1509. Ainda mais um volume de 530 páginas com o título de «As alminhas na Diocese de Vila Real». Será que os orientadores da UTAD, de teses de mestrado, doutoramentos e pós-doutoramentos, terão sugerido aos seus novos académicos, investigações sobre tão ricos e tão ausentes do conhecimento geral da comunidade que tem o dever moral de privilegiar temática transmontana?
Acabou João Parente de completar 90 anos de idade. Foi ele que recolheu, vestígios e argumentação científica para criar, em Vila Real, na antiga Escola do Magistério Primário, o museu de Arqueologia e de Numismática.
Será que existem nessa instituição docentes e áreas dessas ciências essenciais para aprofundar os conhecimentos da antropologia e afins?
E não seria um ato de justiça ligar esse pedagogo à instituição?