Recursos naturais, quem os possui, explora-os e deles beneficia. Todos o sabemos. O maior de todos, a água. Dos rios, das nascentes, dos mananciais que existem subterrâneos. A água é fonte de vida. É uma grande riqueza, que a humanidade tem vindo a explorar, desde que há vida no nosso planeta.
Outros recursos: os minerais. O ferro, o estanho, o ouro. Todos os conhecemos. O petróleo, o gás natural. Uns conhecidos há mais tempo, outros mais recentes. Mas, a eles está sempre associada a ideia de que onde aparecem, a sua exploração é fonte de riqueza. Para o Estado, que é o seu proprietário, para os donos dos terrenos onde elas aparecem, e para as comunidades locais aí residentes. Todos recordarão o volfrâmico. Quanta riqueza proporcionaram a milhares de proprietários e às comunidades residentes nas áreas onde era explorado.
Agora o lítio. Um mineral, que é abundante nos granitos, e que na nossa região está já identificado no Barroso, em particular nos concelhos de Montalegre e de Boticas. Para que serve o lítio? Ao que nos dizem, e temos lido, é uma substância indispensável no fabrico de baterias para armazenar energia elétrica. Uma energia que todos nós conhecemos e que todos usamos no nosso dia a dia. Se o que deixamos dito são verdades inquestionáveis, muitos de nós se interrogam, qual a razão para as populações do Barroso se oporem tão veemente à exploração do lítio? O que se sabe, pela comunicação social, é que as associações ambientalistas, têm-se empenhado (com sucesso, diga-se) em impedir a exploração do lítio. Pessoalmente, desconhecemos, como acima deixamos escrito, os malefícios deste mineral. E a ideia que temos, é a de que a sua exploração seria uma fonte de riqueza, para os proprietários dos terrenos e para grande parte das populações que residem nas imediações, pois encontrariam ali possibilidade de trabalho, na sua exploração, sem terem que abandonar as suas terras com destino à emigração.
Tanto quanto imaginamos, a exploração das pedreiras, poderá causar incómodos, com os ruídos e os resíduos. Nada que seja impossível de prevenir e de resolver, com os meios técnicos à disposição dos responsáveis pelas obras e fiscalização das autoridades locais.
Neste enquadramento, custa-nos a aceitar que tão importante e valioso recurso natural, não seja explorado. Perguntamos mesmo. Quem são os grandes prejudicados, com esta situação? Para nós é um enigma!
Deixamos a resposta para quem, sabendo mais do que nós sobre este tema, nos possa elucidar.