Segunda-feira, 19 de Maio de 2025
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Armando Moreira
Armando Moreira
| MIRADOURO | Ex-presidente da Câmara Municipal de Vila Real. Colunista n'A Voz de Trás-os-Montes

Universidades e politécnicos: bons exemplos na imigração

Li recentemente que os Politécnicos e as Escolas Profissionais estavam a servir a imigração ilegal.

A notícia despertou a nossa atenção por sabermos que na nossa UTAD (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro), bem como no Politécnico de Bragança, há um número considerável de estudantes estrangeiros, a maior parte dos quais provenientes do Brasil e dos designados PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa).

No último número do Nosso Jornal, a Voz de Trás-os-Montes deu conta do trabalho da ERASMUS STUDENT NETWORK, uma Associação de Estudantes, que tem como objetivo principal ajudar os alunos estrangeiros a integrarem-se, não só na universidade, mas também fora dela.

Esta questão da imigração está na ordem do dia porque o nosso país tem vindo a perder habitantes, estimando-se que, com os índices de fertilidade atuais, até ao final do século, a população se reduza para números, que considero preocupantes, na ordem dos seis milhões e meio. É importante que se tomem medidas para atrair e fixar cidadãos de outros países. Ora, acusar os Politécnicos e Escolas Profissionais, como potenciais portas de entrada de cidadãos indesejáveis, não me parece razoável.

Na UTAD, que conhecemos melhor, esta associação, que já existe desde 2009, distingue-se pela ajuda que presta aos alunos estrangeiros na sua integração, sob atenção da própria Reitoria, primeira interessada na existência de um bom ambiente social entre a comunidade estudantil. O papel que estas instituições do ensino superior, representam para o desenvolvimento regional é inegável. São estas instituições as que mais contribuem para o desenvolvimento regional, porque os alunos que aqui recebem a sua formação, embora nem todos aqui se fixem, são agentes fundamentais da inovação.

Os Serviços de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) devem colaborar com os estabelecimentos de ensino no acompanhamento dos cidadãos que vão chegando, e que, repetimos, devem ser considerados agentes de desenvolvimento das regiões onde se fixarem, após concluírem a respetiva formação académica.

Tenha-se sempre presente que não há desenvolvimento regional sem a fixação de população. Estes estudantes dos países de expressão de língua portuguesa serão sempre agentes privilegiados para intervirem no desenvolvimento, capacitados como estarão, com o conhecimento académico que lhes foi transmitido, pelos estabelecimentos que frequentaram.

A imigração controlada será sempre um fator de desenvolvimento, como a história das nações, ao longo de séculos, bem demonstrou.

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