Lembro-me de ter tido o privilégio, durante a minha juventude, de conviver com um homem que reunia, em si mesmo, essas qualidades icónicas que os diferenciam do comum dos mortais. Chamava-se António Francisco Fernandes. Guardo dele a imagem de um homem bom, sóbrio e sociável. Não sabia ler nem escrever, mas fazia “contas de cabeça” com um rigor matemático de fazer inveja a muitos letrados.
Morava numa casa arrendada, muito modesta, no centro de Guiães, situada num pequeno beco, mesmo ao lado do edifício onde hoje funciona a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo, paredes – meias com a taberna do saudoso Toninho Monteiro. Era neste estabelecimento que algumas vezes passava as tardes de entretenimento, jogando à
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