No dia em que escrevo este apontamento chega-me um folheto onde se anota uma legenda afixada no portão de entrada de uma Universidade: «para destruir qualquer nação não é necessário usar bombas atómicas ou mísseis de longo alcance e permitir que os estudantes «cabulem» nos exames».
Ocorre-me citar estas evidências num país onde o sistema de saúde se gaba de ser «o melhor do mundo» e ter uma diretora geral que anuncia um plano de vacinação contra a Covid-19, excluindo aqueles que têm mais de 75 anos.
A notícia começou a circular dia 26 e todas as televisões, rádios e jornais no dia seguinte surpreenderam o país. O JN titulava: «O plano preliminar da DGS para a vacinação, apresentado por Graça Morais, deixa os mais velhos, com mais de 65 anos para o fim do grupo de prioridades. E no desenvolvimento desse impropério reforçava: «A comissão técnica independente de vacinação nomeada pela Direção-Geral da Saúde (DGS) concluiu o documento que define os grupos prioritários para a vacina da Covid-19. De acordo com o documento, no primeiro grupo a ser vacinado estão incluídas as pessoas que têm entre 50 e 75 anos e que têm doença grave, os utentes e funcionários dos lares de terceira idade e ainda os profissionais de saúde que trabalham em cuidados intensivos e enfermarias com doentes infetados. No segundo grupo de vacinação estão incluídas as pessoas que tem entre 50 e 75 anos com doenças de risco de menor gravidade, os restantes profissionais de saúde e outras pessoas que estão institucionalizadas». Explicava a notícia que «não incluiu nos grupos prioritários as pessoas com mais de 75 anos porque não foi provada a eficácia das vacinas nesta faixa etária. O documento que define os grupos prioritários para a vacina de Covid-19 já foi entregue ao Ministério da Saúde». Bruscamente essa provocação foi abafada pela turbamulta do regime que hipocritamente tentou fazer crer que eram as vozes da reação. Não é crível que a verdadeira fonte tenha usado o nome da DGS e continue a trabalhar nesse plano como se nada fosse.