Em muitas aldeias transmontanas, o ritual do compasso regressou após dois anos de pandemia, que não permitiu levar a Cruz a casa dos portugueses.
No entanto, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) recomenda um comportamento responsável às comunidades católicas, desde logo, com o uso de máscara sempre que houver ajuntamentos, mesmo ao ar livre.
Relativamente à tradição da Visita Pascal, quando a Cruz entra nas casas das pessoas, só os elementos do cortejo que a transporta podem entrar, e todos devem usar máscara.
Sempre que outras pessoas acompanhem o cortejo, devem aguardar à porta, para se evitar aglomerados.
“O guia do grupo dirigirá uma breve oração com a família reunida, terminada a qual os membros desta são convidados a venerar a Cruz com uma vénia ou outro gesto que não implique contacto físico”, explica a CEP, desaconselhando o habitual beijo ao crucifixo, no contexto do anúncio da ressurreição de Jesus.
Quanto às famílias, pede-se que não partilhem alimentos com os membros do grupo dos mensageiros da Páscoa, ainda que tenham a mesa posta.
A Igreja Católica pede ainda que se proceda à higienização das mãos “sempre que haja contacto físico com pessoas ou coisas”.
Os bispos determinam que a Comunhão deve continuar a ser ministrada apenas na mão dos fiéis e anunciam o regresso da saudação da paz (facultativa), através de “um sinal sem contacto físico”, por exemplo, uma vénia ou inclinação.