Quinta-feira, 5 de Dezembro de 2024
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“A batalha contra a resistência antibiótica”

Com a descoberta do primeiro antibiótico, a Penicilina, por Fleming em 1928, doenças que não tinham cura, hoje são possíveis de tratar.

O antibiótico é o medicamento que destrói ou impede a multiplicação de bactérias, sendo ineficaz contra vírus, fungos e parasitas. Ao longo dos anos, tem sido usado de forma abusiva, excessiva ou inadequada, o que levou a um número crescente de casos de resistência antibiótica, em que as bactérias conseguem sobreviver ao efeito de um ou mais antibióticos, quando usados em concentrações mais altas do que as doses terapêuticas habituais, tornando as infecções de difícil controlo ou até mesmo impossíveis de tratar.

Considerando o nosso corpo como um campo de batalha e as bactérias os inimigos, os antibióticos são as balas que as neutralizam. Assim, quando se sente melhor e deixa de tomar o antibiótico antes do fim da prescrição, haverá sempre um inimigo em campo que lhe resiste com apenas uma bala. A bactéria inimiga que sobreviveu, multiplica-se originando bactérias cada vez mais resistentes em virtude de ter sido feita uma seleção de características, que lhes permite sobreviver em condições mais adversas. Atualmente, a resistência aos antibióticos, é uma das maiores ameaças à saúde global e pode afetar qualquer um de nós.

A boa notícia é que prevenir este problema também está nas suas mãos! E é mais simples do que parece…

Os antibióticos só devem ser tomados quando receitados pelos médicos, respeitando sempre as indicações – horários, doses e duração do tratamento. Não deve interromper o tratamento mesmo que se sinta melhor, porque se o fizer está a reduzir a eficácia do antibiótico e poderá ficar novamente doente. Se estiver doente, não tome aqueles comprimidos de antibiótico que ficaram esquecidos na gaveta… Estará a eliminar quem não deve do seu “campo de batalha”, como por exemplo a sua flora intestinal.

Deve também partir de si a prevenção de infecções, não há motivo para tomar antibióticos, se não lhe foram prescritos. Cuide da sua higiene diária, não se esqueça que a lavagem das mãos com frequência também evita a transmissão de doenças. Certifique-se que tem as vacinas em dia, mais vale prevenir do que remediar!

Lembre-se que os antibióticos nem sempre são a resposta… Confie no seu médico e seja um soldado neste campo de batalha contra a resistência antibiótica.
 

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