Sexta-feira, 17 de Janeiro de 2025
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Carlos Torres
Carlos Torres
Presidente do Sindicato Independente dos Agentes de Polícia

A escravidão moderna na Polícia de segurança pública

Nos últimos tempos, o SIAP tem sido informado por parte dos seus associados do cancelamento sucessivo de folgas, para acautelar serviços de natureza privada, vulgarmente designados remunerados.

A norma que regulamenta este tipo de serviço prevê a inclusão de todos os polícias, para prestar este tipo de serviço. No entanto, refere situações excecionais, devidamente identificadas e classificadas, quando alvo de publicação em Ordem de Serviço.

O que se tem verificado extravasa todas as normas, classificações e práticas corretas. O que se tem verificado é que o que estava previsto ser ” excecional” se tornou regra.

E se há elementos policiais que, por opção ou necessidade, estão disponíveis a abdicar do seu descanso para realizar este tipo de serviço, outros há que, por diversas razões, simplesmente não querem fazer este tipo de serviço e a sua opção deve ser respeitada.

A PSP não pode forçar elementos a abdicar do seu descanso e fazer disso uma regra.
Os serviços remunerados são feitos no horário de folga de quem, voluntariamente, pretenda fazer. Tudo que contrarie isto, tirando situações excecionais ( como grandes eventos), tem um nome, escravatura, e o SIAP não pode estar confortável com a ideia de que, numa Polícia do século XXI, haja práticas simplesmente medievais.

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