Excelente. Do séquito, não constava nenhum oleiro, creio que por contenção financeira… e no seguimento da boa gestão que tem sido levada a cabo pela autarquia, como por exemplo a Loja do Cidadão, ou na venda do lote de 18175 m² na zona industrial a 1 €/m².
Mas, algo aconteceu, talvez por tradição, como nas obras da Avenida, os custos das despesas no Dubai foram estimados em 50 mil euros, mas derraparam para 89,2 mil, quase mais 40 mil euros. Não me surpreenderam as justificações descabidas, proferidas pelo edil nº 1, como não me admira que o valor do endividamento deixado na autarquia em 2013, por Manuel Martins, possa ser ultrapassado pelos socialistas numa quantia que pode ir dos 10 aos 20 milhões de euros.
E como a tradição é para manter, a empresa municipal Vila Real Social tem como função apoiar os mais desfavorecidos. Foi desde sempre gerida por uma só pessoa que aufere um ordenado igual ao de vereador, viu agora a gestão reforçada com um elemento de peso, justamente o “vereador sacrificado” nas últimas eleições. Os socialistas não fazem a coisa por menos, “pagam a dois para fazer o trabalho de um”, e tentam justificar o injustificável, eles honram os seus compromissos, de mãos dadas com o dinheiro dos munícipes.
Rui Santos, presidente dos autarcas socialistas, foi substituído em finais de novembro de 2021 no cargo, pela socialista Isilda Gomes, presidente da Câmara de Portimão. Tudo normal, é a rotatividade na política… Contudo, em 2020 na mesma semana de março, Isilda Gomes anulou a corrida de motonáutica em Portimão, equivalente à Fórmula 1, e com os 350 mil euros de subsídio atribuído, comprou ventiladores que ofereceu aos hospitais do Algarve. Já Rui Santos pegou em 200 mil euros do município e deu-os à Associação Promotora do Circuito de Vila Real, para realizar as corridas em 2020. As corridas viram-nas? Não. O dinheiro foi devolvido? Também não. Isto já não será normal, mas o povo gosta de apoiar a tradição.
No congresso do PSD em Vila da Feira, Miguel Pinto Luz criticou Rui Rio, mas no final da sua intervenção apelou à união em torno do líder… Vila Real, a maior cidade e capital do distrito, contribui com 24% do eleitorado, teve desde sempre um deputado nos dois primeiros lugares. Para estas eleições, a Comissão Política Distrital (CPD) sempre com um discurso de união, bem evidenciado na sua última convocatória permanente do ano…, não integrou em lugar elegível nenhum elemento indicado pela comissão política concelhia de Vila Real, demonstrando total desrespeito e desdém pela representatividade e pluralidade, que as listas devem conter. A esta desconsideração acresce ainda o comportamento reprovável de militantes que, sendo da concelhia de Vila Real, aceitaram integrar as listas.
Aqui, a tradição já não é o que era.