Vem a propósito o apelo a que todos os que constituem a Nação reflitam um pouco sobre o país, a sua vida e, já agora, também sobre a dos outros, comparando o seu estado atual com o dos anos anteriores. É um direito que assiste a todos. Impõe-se, mesmo, que se torne um exercício de cidadania. Até ousaria sugerir, no caso de haver disponibilidade, que o acompanhássemos em direto. Tornar-se-á mais claro e objetivo o juízo que possamos vir a fazer no final. Reconhece-se que ouvir por interpostas pessoas, os comentadores de serviço, pode induzir-nos em juízos menos corretos, pois passaremos a ver as questões através dos seus olhos.
Perguntemo-nos, desde já: como estamos hoje relativamente a 2022? Ou a 2015? Quais são os temas que nos/me têm preocupado? Aquelas questões que, durante cerca de 5 meses, ocupou um grupo de deputados sobre a gestão da TAP e tratou sobretudo temas que nada tinham a ver com gestão? A subida dos preços de produtos essenciais tem sido, desde há um ano, com a guerra da Rússia contra a Ucrânia, uma preocupação a que o Governo procurou pôr cobro com vários tipos de apoios que todos, através dele, colocámos à disposição dos que sentiam mais dificuldades. Sabe-se, as televisões falam muito disso, que, nas grandes cidades à volta de Lisboa, os médicos são poucos. E por cá, que falhas sentimos existir? Temos médico de família, acesso a cuidados hospitalares diferenciados. Sem falhas? Há dias, pessoa amiga lembrava: com a Covid- 19, se não existisse um bom Serviço Nacional de Saúde teríamos sentido muito mais os problemas. Na economia, Portugal está claramente a melhorar, o que se reflete em mais emprego. As exportações também o testemunham e já não é só nos serviços, como o turismo, mas, de igual modo, no domínio da produção de máquinas, veículos e material de transporte. Também na economia verde e na digital estamos a fazer um bom caminho, com a criação de um número significativo de postos de trabalho, aliás, bastante bem remunerados.
Afinal, temos muito que analisar, como pessoas livres e capazes de ver por onde vamos bem, por onde estamos a ir assim, assim, ou, também pode acontecer, concluir, aqui e ali, que podíamos ir um pouco mais depressa em algumas áreas. Mas temos muito mais que ver e avaliar do que a pequenina intriga, ou a afirmação maldizente dos que preferem gritar.