Em comunicado, a esta força policial refere as diligências efetuadas pela Diretoria do Norte da PJ permitiram recolher “fortes indícios que demonstram que os suspeitos, em meados de 2022, colocaram em prática um plano previamente engendrado, através do qual exploraram a vítima como instrumento de trabalho, subjugando-a à sua vontade e interesses, privando-a de toda e qualquer liberdade de movimentos, de decisão e de ação”.
Segundo a PJ, a vítima foi “maltratada física e psicologicamente, foi forçada a viver de forma degradante, sem o mínimo de condições de habitabilidade, higiene, saúde física e psíquica e de privacidade, não lhe sendo provida alimentação suficiente e de qualidade, passando fome em múltiplas ocasiões”.
Acrescentou que durante cerca de um ano e meio, a vítima foi “sujeita a condições desumanas, sendo sobrecarregada com trabalhos excessivos e pesados, na área da agricultura e pecuária, que era obrigada a realizar de ‘sol a sol’, inclusive aos fins de semana e feriados, sem que lhe fosse prestada qualquer compensação monetária”.
“A vítima foi, ainda, em três momentos distintos, constrangida pelo homem, através da força física e de ameaças, à prática de relações sexuais não consentidas e sem qualquer tipo de proteção”, sustenta o comunicado da PJ.
De acordo com PJ, os atos criminosos apenas cessaram no momento em que a vítima conseguiu, pela primeira vez, estar sozinha perante entidades de saúde públicas, que denunciaram o sucedido.
Os detidos, com 49 e 47 anos, foram presentes à autoridade judiciária competente para primeiro interrogatório judicial e ficaram sujeitos a medidas de coação não restritivas da liberdade.