Muitas foram as críticas sobre o país escolhido para a realização da prova: o Qatar. Não que este não tenha criado as condições físicas para a realização dos jogos. Tanto quanto se pôde ver, houve o cuidado de construir vários estádios, que reuniam modernas e modelares condições para a prática do desporto e para receber as dezenas de milhares de espectadores, em muitas centenas de milhares, que se dirigiram aquele país para desfrutarem deste grandioso evento.
Equaciona-se agora o futuro destas grandiosas obras de engenharia, visto que o futebol ainda não tem raízes entre a população residente, já de si, de pequena dimensão. Este, porém, é um problema daquele Emirado, que saberá o que fazer.
A segunda nota que vos deixo é sobre o episódio Cristiano Ronaldo, a nossa maior estrela. Sabia-se que o atleta, em fim de carreira, 37 anos, iria aproveitar para se despedir em grande desta profissão, ultrapassando todos os recordes de outros atletas portugueses, como Eusébio ou Luís Figo, mas, também se sabia que a sua última época no clube inglês, Manchester United, não antecipava um grande desempenho, como viria a verificar-se, no decorrer dos três primeiros encontros. A comunicação social encarregou-se de mostrar que algo de anormal se passava com este “astro” da nossa seleção, e que terá, de alguma forma, contagiado todo o grupo de atletas e seus treinadores.
Do resultado de toda esta querela, resultou a eliminação da equipa, nos quartos de final de prova, que deixa os que gostam de futebol, e nós portugueses em geral, um sabor amargo, até de injustiça. Certo é que o nosso país tem, neste momento, muitas dezenas de atletas deste desporto rei que ombreiam com o que de melhor há no mundo, como se tem observado no decorrer da prova.
Atribuir as responsabilidades deste insucesso apenas aos atletas, parece de certa forma injusto porque, aqueles que o selecionador escolheu, deram, na sua generalidade, o seu melhor, pela equipa das Quinas.
Fica-se à espera, agora, que os responsáveis da Federação Portuguesa de Futebol saiam da sua “concha” e expliquem ao povo português a razão deste insucesso. Se não o fizerem, não podem deixar de ser responsabilizados também por ele, pedindo-se-lhes que tirem daí as devidas consequências pessoais, porque o país, de facto, perdeu uma ocasião de sair prestigiado.