O jovem estaria a usar imagens íntimas da vítima para a chantagear.
A GNR explica, em comunicado, que recebeu uma denúncia “a dar conta de uma situação de acesso ilegítimo ao telemóvel da vítima, do qual o suspeito retirou imagens com que posteriormente praticou o crime de extorsão”.
Os militares da Guarda, através do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) do Destacamento Territorial de Bragança, realizaram dois mandados de busca, uma domiciliária e uma em veículo, que culminaram com a detenção do homem e a apreensão de diverso material informático e armas. Foram aprendidas uma caçadeira, uma pistola e duas armas brancas, bem como material informático, seis telemóveis e uma moto quatro com o número de quadro rasurado.
O detido foi constituído arguido, e os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Bragança.
A realização desta operação contou com o apoio da Polícia de Segurança Púbica (PSP).
A GNR alerta que a denúncia deste tipo de crime “é importante e salvaguarda o direito à identidade pessoal, à cidadania, ao bom nome e a reserva da intimidade da vida privada e familiar e garante a reserva da vida íntima dos cidadãos, no seio da família ou da sexualidade, promovendo a investigação e prevenindo este tipo de ilícitos criminais.
A Guarda Nacional Republicana realiza regularmente campanhas e ações de sensibilização sobre o tema em causa, nomeadamente sobre a utilização da internet de forma mais segura, e aconselha os cidadãos a não terem material íntimo no seu telemóvel, já que “este conteúdo pode ser acedido por terceiros e facilmente divulgado”, avisa ainda que não devem ser partilhados conteúdos privados, principalmente com estranhos, nem publicadas fotos íntimas nas redes sociais. As autoridades deixam ainda o conselho de que não se apaguem as conversas e imagens, pois podem servir de prova para identificar os suspeitos e que se alerte o administrador da rede social para o informar que essas imagens ou vídeos foram publicados sem o teu consentimento, para que as mesmas sejam eliminadas.
Por último, a GNR vinca que, em caso de ameaças ou extorsão, é possível formalizar queixa junto de qualquer órgão da Guarda Nacional Republicana, Polícia de Segurança Pública, Polícia Judiciária ou do Ministério Público.