Depois de o centro de vacinação instalado no Regia Douro Park ter encerrado, o processo de vacinação passou para os centros de saúde. Agora, com as doses de reforço e a inclusão das crianças foi necessário encontrar uma solução.
“A planificação inicial dava conta que o processo de vacinação terminaria, ou reduziria, em dezembro, mas com a inclusão da vacinação de reforço, de crianças e dos recuperados, os utentes duplicaram, o que faz com que o processo de vacinação nas unidades de saúde fique comprometida”, explica Gabriel Martins, diretor do ACES Douro Norte.
O novo centro de vacinação de Vila Real abriu portas na segunda-feira, tem capacidade para vacinar 400 pessoas por dia e funciona no edifício dos Serviços de Ação Social (SAS) da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), na zona de Codessais e Gabriel Martins não tem dúvidas de que “este novo centro vai permitir uma melhor acessibilidade para os nossos utentes, centralizarmos o processo, que do ponto de vista logístico é sempre menos complicado do que o modelo que tínhamos até agora, e vai permitir que as nossas unidades possam ter alguma folga para retomarem a sua atividade normal dentro das possibilidades”.
Nada disto seria possível sem a UTAD, que disponibilizou o espaço. Para Ricardo Bento, pró-reitor para o Planeamento, Território e Património, a universidade “não podia ficar indiferente à solicitação do ACES, pelo que, prontamente, se disponibilizou para, em conjunto, encontrarmos uma solução que fosse capaz de assegurar uma resposta qualificada e mais central à população de Vila Real, não comprometendo os serviços de ação social aos nossos estudantes”.
O novo centro de vacinação funciona entre as 9h00 e as 15h00, um horário que poderá ser reajustado de acordo com as necessidades. Para o presidente da câmara municipal, Rui Santos, este centro “é mais uma resposta de prevenção contra a Covid-19″, numa altura em que é “necessário intensificar o processo de vacinação”, adiantando que “temos mais de quatro mil vacinas ministradas em regime de proximidade, nesta fase”.
O edil mostrou-se ainda preocupado com o aumento de casos no concelho de Vila Real, que na segunda-feira contabilizava 833 casos de infeção. Rui Santos apelou ao bom senso dos vila-realenses, pedindo para que “não recorram ao hospital quando os sintomas podem ser tratados quer nos cuidados primários, quer através da Saúde 24. O hospital está longe de mostrar saturação, mas ao irem lá por causa da Covid-19 vão condicionar a resposta a outras doenças e a patologias de maior gravidade”.