Faz hoje um ano que a GNR deteve os 12 arguidos, que eram suspeitos de vender droga em Vila Real e Vila pouca de Aguiar.
Um dos arguidos foi o fundador a Associação Nacional e Social de Etnia Cigana (ANSEC), de Vila Real, Serafim Anjos, de 36 anos, que foi condenado a pena suspensa de quatro anos e três meses.
No final da sessão, que juntou muita gente em frente ao tribunal, Serafim Anjos mostrou-se “feliz” e foi correr para os braços de uma das filhas, depois de ter estado um ano em prisão preventiva. “Já estava à espera deste desfecho e acho que se fez justiça. Apreendemos com o erro e não vamos voltar a repeti-lo, até porque foi um ano muito difícil na cadeia, que mais pareceram 20 anos”.
Os arguidos, seis homens e seis mulheres, que têm entre 22 e 47 anos, e familiares entre si, estavam acusados pelo Ministério Público pelo crime de tráfico de droga agravado. Seis deles estavam também acusados do crime de detenção de arma proibida.
Na leitura do acórdão, o coletivo de juízes condenou todos os 12 arguidos a penas de prisão suspensa entre um ano e os cinco anos, uma vez que “ficaram provados a grande maioria dos factos”.
A presidente do coletivo de juízes referiu que as penas aplicadas “são uma oportunidade que o tribunal está a dar para mudarem de vida”, porque os arguidos confessaram e mostraram arrependimento.
A sala de audiência encheu e houve reforço policial à entrada do tribunal, onde se concentraram cerca de seis dezenas de pessoas para apoiar os arguidos.
Até transito em julgado, todos os arguidos ficaram obrigados a apresentar-se uma vez por semana no posto policial da sua área de residência e ficam proibidos de contactar com pessoas conotadas com consumo ou venda de produto estupefaciente.