Focada em satisfazer os clientes mais exigentes, nasce em 1978 a empresa Ingroplás em Murça, pelas mãos do empreendedor António Gomes Teixeira em sociedade com dois sócios. Começou por fabricar de tubos em PVC, polietileno e polipropileno, para os ramos da construção civil e agricultura, mas também estores em PVC e de embalagens flexíveis em polietileno.
Em 1998, a Ingroplás deu lugar à Plasticolors, em que entraram na sociedade as três filhas de António Gomes Teixeira. Hoje continua a reinventar-se para responder aos constantes desafios do mercado.
Há cerca de dois anos, Rita Flamínio, uma das sócias, mudou a sua vida para gerir os destinos da empresa, que emprega atualmente 22 pessoas.
“Já tivemos bons momentos, mas também períodos maus. Têm sido 45 anos de muita resiliência e imaginação”, revela a gestora, adiantando que a pandemia trouxe novos desafios, em que a empresa soube direcionar as suas potencialidades para novos segmentos de mercado. “Começamos a fornecer hospitais com equipamentos de proteção individual. Correu bem, porque não paramos, mas não foi uma oportunidade, já que não conseguimos competir com os preços praticados pelos chineses. Sabemos que produzimos com qualidade, mas não dá para baixar os preços ao nível da China”, reitera.
Rita Flamínio revela que um dos grandes problemas do plástico “é ser barato”. “Existe falta de educação em como tratar o lixo. E enquanto não aprendermos isso, o plástico vai parar aos sítios errados. Como é leve, facilmente se veem as imagens dele a flutuar no oceano, ao contrário do que acontece com as baterias, por exemplo”. Por isso, defende que a aposta tem de “começar em casa e na escola”.
A mesma responsável afirma que a missão da empresa passa por “desenvolver, produzir e comercializar embalagens plásticas flexíveis, com qualidade e sustentabilidade”, de forma a “promover o desenvolvimento da economia regional”.
A gestora destaca que o segredo para o sucesso “são as pessoas” e a “capacidade de resiliência”.
A Plasticolors tem vindo a ser reconhecida como uma empresa que evidencia os melhores desempenhos e marca a capacidade competitiva de Portugal. Em 2021 recebeu o estatuto PME Excelência e, em 2022, foi agraciada com o selo PME Líder, distinções que enaltecem o bom da trabalho e esforço de toda a equipa.
Para o futuro, a empresa continuará a promover uma “verdadeira eficiência na utilização dos recursos”, assente nos pilares que sempre a nortearam, em que os elos “mais fortes continuarão a ser a família, a sustentabilidade e a resiliência”, conclui Rita Flamínio.