Domingo, 27 de Abril de 2025
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Querem que votemos no Chega

Parece que no próximo mês voltamos a ter eleições legislativas, ocorrência que julgo suceder com periodicidade anual, contrariando a prática quadrienal que anteriormente se imponha.

Convém recordar que neste ato eleitoral iremos eleger os representantes distritais na Assembleia da República, não nos encontrando desta forma a votar diretamente em Luís Montenegro, Pedro Nuno Santos ou André Ventura.

O historial de resultados concernente com o nosso distrito reflete uma bipolarização alternada entre PSD e PS nos mandatos eleitos para a Assembleia da República, com exceção do último sufrágio por intermédio do qual o Chega elegeu um deputado.

Naquele décimo dia de março do pretérito ano, o universo de 117.056 votantes distritais distribuíram os seus votos da seguinte forma: (1) PSD – 46.040 votos, (2) PS – 34.654 votos, (3) Chega 20.032 votos, tendo o quarto partido mais votado – ADN – logrado somente 2.958 votos.

O fosso entre os três partidos mais votados e os remanescentes é tão profundo, que a soma dos votos de ADN, Bloco de Esquerda, Iniciativa Liberal, PCP, Livre, PAN, RIR, Nova Direita, Volt, Ergue-te, adicionando votos brancos e votos nulos, não basta para igualar os votos do terceiro partido mais votado.

Tendo por consideração a sempre presente temática do voto útil, tal circunstância e distanciamento demonstra que um voto que não seja em PSD, PS ou Chega, é um voto desperdiçado e que não elegerá ninguém pelo círculo de Vila Real.

Não bastante, nas anteriores eleições o Partido Socialista tentou – sem êxito – colocar como cabeça de lista pela nossa terra alguém sem qualquer vínculo à cidade de Vila Real ou ao distrito, comportamento que, apesar de corrigido, foi amplamente propagado e criticado pelo opositor Partido Social Democrata.

Este PSD, que no ano passado reprovou a indicação de Álvaro Beleza pelo PS, é o mesmo que para as eleições que se avizinham escolhe para nos representar a Sra. Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, personagem que não é de cá nem nunca por cá andou, nem tão pouco fez um trabalho excecional durante a curta legislatura.

Perante o exposto facilmente depreendemos que os responsáveis partidários do PSD e PS, em quem os transmontanos depositam reiteradamente a sua confiança, não nutrem por nós o mesmo sentimento, julgando sempre que o representante Lisboeta ou urbano será mais valioso que o puro transmontano.

Desta forma, tendo por consideração a inutilidade que terá um voto num dos partidos de menor expressão, a postura do Partido Socialista em 2024 e a que agora é replicada pelo Partido Social Democrata em 2025, parece que querem todos que votemos no Chega.

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