A sua gestão adequada depende de múltiplos fatores, como a correta utilização dos dispositivos inalatórios e, em alguns casos na inclusão em programas de reabilitação respiratória (PRE). Estes dois aspetos são fundamentais para o controlo eficaz da doença.
A reabilitação respiratória visa melhorar a condição física e funcional do doente respiratório crónico. Embora mais associada à doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), a sua aplicação em doentes asmáticos tem mostrado muitos benefícios. Os programas incluem treino físico, ensinos, e estratégias de autogestão da doença, contribuindo para a redução dos sintomas, melhoria da tolerância ao exercício e aumento da adesão ao tratamento.
Outro aspeto crucial no controlo da asma é a literacia em saúde, nomeadamente no uso de dispositivos inalatórios. Estudos mostram que uma percentagem significativa dos doentes utiliza, de forma incorreta, os inaladores, comprometendo a eficácia terapêutica. A má técnica inalatória resulta quase sempre no desperdício de parte ou mesmo da totalidade do fármaco.
A literacia é mais do que a capacidade de ler e compreender informações escritas; é também o saber aplicar o conhecimento no dia a dia. Assim, educar sobre a técnica correta de inalação, o tipo de inalador prescrito, a frequência de uso e o papel de cada medicação é essencial. Profissionais de saúde, como médicos e enfermeiros especialistas em reabilitação, têm um papel chave na promoção da literacia e adesão ao tratamento.
Os PRE e o reforço da literacia no uso de dispositivos inalatórios representam uma abordagem integrada e eficaz na gestão da asma. Investir na capacitação do doente é investir na redução de crises, internamentos e na melhoria da autonomia e qualidade de vida.
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