A par de ações de sensibilização e de um trabalho em rede que procura respeitar, proteger, apoiar e acompanhar os mais velhos, a unidade móvel distribui sorrisos pelas aldeias.
A par da vertente sociocultural, percorre o território com a missão de detetar e prevenir situações de maus-tratos ou de carência, encaminhar idosos para outras entidades e serviços, promover formação a cuidadores informais e familiares, ajudar em processos burocráticos básicos e prestar apoio psicológico.
O compromisso é o de trabalhar em proximidade e promover a intergeracionalidade como pilares de intervenção social, mostrando aos idosos “que não estão esquecidos”, frisa Sara Rüegg, técnica social.
“A Comissão é um ponto de referência que os idosos passaram a ter, para o qual podem ligar, sabendo que há a facilidade de nos deslocarmos até aos seus domicílios. Depois de percebermos melhor o contexto em que vivem, articularmos com os diferentes parceiros para sabermos que tipo de reposta lhes podemos oferecer”.
A CMPIVPA trabalha em articulação com o Conselho Local de Ação Social, além de contar com o apoio de diferentes parceiros: município, Segurança Social, Centro de Saúde, Hospital, GNR, Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), Juntas de Freguesia, Cruz Vermelha, Voluntários e CLDS4G.
A representante de todas essas entidades no terreno, Sara Rüegg, revela que ao realizarmos um trabalho de proximidade, “apercebemo-nos que, graças à pandemia, estes idosos tinham uma grande necessidade de ver pessoas, de conviver, de conversar e de participar em atividades. Querem muito que as pessoas venham às suas aldeias e lhes tragam um bocadinho de vida para que se sintam valorizados”.
ATIVIDADES
O acesso a transportes públicos “é um dos temas mais abordados pelos idosos. Dizem-nos muito que não têm autocarro, que não podem ir à vila, sentindo-se isolados”. Por isso, “a Comissão procura levar-lhes um pouco do que se vive na vila, por exemplo, assinalando datas especiais, como o Dia da Mãe e o Dia dos Namorados, com pequenas atividades que complementam o trabalho de outras instituições que, naturalmente, não conseguem chegar a todo o lado”.
A par de tudo isto, a Comissão procura envolver os idosos em causas sociais e estabeleceu, recentemente, um acordo com o jornal local para combater o isolamento e a desinformação.
“Os idosos passaram a saber o que se passa no concelho. Através de atividades de grupo, criam-se momentos de confraternização e de debate sobre as notícias que leem. Pode parecer algo pequeno, mas, para eles, tem uma importância enorme”, confessa Sara Rüegg.
Quanto a planos futuros, em breve “vamos levar música e animação às aldeias. Queremos enaltecer a vida que há nestes lugares sob o mote: a cantar e a dançar “é que a gente se entende”. Temos várias atividades planeadas já para os Santos Populares”, revela, adiantando, ainda, que serão retomadas “as ações de sensibilização sobre as ondas de calor”.