É certo que a vacinação vem fazendo o seu percurso, não ao ritmo que gostaríamos, mas cumprindo a orientação que o Almirante, seu timoneiro, lhe deu, em harmonia com a disponibilidade das vacinas, que como todos sabem, devido à escassez da sua produção, chegam a conta gotas.
O sector da economia é o que mais se manifesta contra a restrição da circulação das pessoas, que está a ser imposta a certas regiões do país: Área Metropolitana de Lisboa e alguns concelhos do Algarve.
É a atividade do turismo, que embora sazonal, ganha maior expressão no verão, com a chegada de milhares de visitantes estrangeiros. Também a estes com a vida dificultada nos seus países. O mais badalado é o Reino Unido, onde a doença está longe de ser debelada e intensifica-se de tempos em tempos.
Os responsáveis políticos da Madeira, do Algarve e da Área Metropolitana, reclamaram contra as medidas restritivas que vêm sendo impostas. Esforçam-se para fazer crer, que estão a ser vítimas de más decisões de quem governa e não querem perceber, que quanto mais dificultarem no cumprimento das regras exigidas, mais prolongarão as restrições impostas à livre circulação das pessoas.
O turismo, enquanto atividade económica é uma face de dois gumes, porque a facilidade de circulação, acelera a expansão da doença, causando dor e sofrimento, não apenas a eles, mas aos cidadãos em geral que residem nas áreas turísticas visitadas.
Em nosso entender, – já o sugerimos há alguns meses atrás – seria bom que as autoridades locais das zonas do interior do país menos atacado pelo maldito vírus, e com boas condições para o turismo da natureza – vidé o turismo termal e tantas outras zonas de lazer, tipo Gerês ou Azibo, chamassem à atenção dos media no sentido de promoverem essas regiões.
Temos que mudar o padrão do lazer. Não nos podemos ficar apenas pelo modelo de praia e mar. O interior também tem muita água para oferecer e belos locais, hoje já preparados para receber milhares de pessoas, que se poderão estender para quase todo o território interior.
Deem uma oportunidade a quem nestas regiões já se antecipou a investir em pequenas unidades de hotelaria, oferecendo gastronomia diferenciada muito rica e variada e a preços mais apelativos.
É a sugestão que deixamos mais uma vez aos nossos autarcas, para que se empenhem em mostrar as potencialidades que o interior oferece. Novos destinos, que também devem ser vistos como um fator de coesão territorial.