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Barroso da Fonte
Barroso da Fonte
Escritor e Jornalista. Colunista n'A Voz de Trás-os-Montes

A droga dos juros que mata os pobres e endeusa os ricos

João Brandão Ferreira é um oficial da Força Aérea Portuguesa que viu interrompida a sua carreira pelo golpe de estado de 25 de Abril de 1975.

Tinha na altura o posto de Tenente Coronel. E assim ficou, como o de tantos que discordaram da forma como esse golpe se deu.

Só participei uma vez na apresentação de um dos muitos livros que já editou sobre a política Portuguesa. É um pensador nato, um militar audacioso e um cidadão inconformado.
Diariamente aparecem artigos seus, sobre as mais variadas temáticas da vida nacional.
O que ele escreve e que eu leio com natural interesse pela atualidade do dia a dia, concordo e subscrevo uma boa parte dessa sua coerente convicção. Não fora esse golpe de estado, feito por militares de carreira, teríamos hoje um alto quadro do pensamento Português. Ele estaria, provavelmente na fila da frente de qualquer discussão pública que se operasse para decidir acerca dos mais importantes assuntos da maioria dos Portugueses.

Não teríamos os tribunais entulhados de processos tenebrosos, nem a lentidão burocrática que emperrou até ao excesso de zelo, para inglês ver, quase sempre dirimido pela máfia dos poderosos julgadores, que os mantêm em liberdade, para que a irritação dos vulneráveis cidadãos, os conheça, não para apurar a justiça, mas para comprovar que o crime compensa.

Na crónica desta data aborda o problema dos juros que os medievalistas já praticavam nas suas transações comerciais.

Cita Mayer Amschel Rothschild 1, para confessar: “Eu me importo não com quem controla os assuntos políticos de uma nação, desde que eu controle sua moeda”.

“Lucrar com um empréstimo de uma pessoa pobre é explorar essa pessoa”.

Eu bebo neste pormenor do palavrão: «juros».

Meu pai pedia dinheiro emprestado, a 23% para eu pagar a mensalidade liceal, quiçá propinas escolares. Só mais tarde conheci, por discordância absoluta, o papel do palavrão: «pedir aos vizinhos, comerciantes ou mesmo bancários, aquilo que os mais pobres tinham de pagar, fosse para o que fosse.

Por essa altura era preciso poupar para tudo aquilo que não resultasse de heranças, ou de mealheiros fechados a sete chaves.

Claro que o palavrão tinha o sabor de rebuçado quando era justo. Por muitos anos funcionou esse convénio social quando era consensual.

Hoje as sete maiores e mais antigas multinacionais de petróleo, controlam esse negócio. Chamam-lhe a Organização dos Países Exportadores de Petróleo.

Foi esse o sistema que o Estado Novo utilizou. Lê-se neste artigo de João Ferreira:
Não devíamos nada a ninguém e o orçamento estava equilibrado, ou seja, não se gastava mais do que se tinha. O Estado também pouco devia aos particulares.

A bolsa não era um casino e as reservas de ouro e divisas, representavam um seguro de vida.

Os paraísos fiscais não eram acarinhados (apesar de todos os condenarem…).

Um verdadeiro milagre face ao descalabro dos últimos 130 anos.

A Nação vivia remediada, mas o Estado era, de certo modo, rico. E com isso protegia-nos a todos, até porque não havia necessidade de esbanjar dinheiro em promessas eleitorais frustres.

Os banqueiros não punham o pé em ramo verde e o capitalismo selvagem americano (agora apelidado de liberal) ficava sempre a uma prudente distância. Aprendeu-se bem com a crise».

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