Ao longo da vida a visão pode sofrer alterações irreversíveis com doenças como o glaucoma, descolamento de retina ou a degenerescência macular relacionada com a idade, sendo que, quando diagnosticadas atempadamente, se podem minimizar os efeitos e a sua progressão. Outros problemas visuais e oculares frequentes nos idosos podem ser induzidos por alterações da saúde geral como a diabetes, a hipertensão arterial ou a doença cardiovascular. Por outro lado, a catarata ou o olho seco são alterações oculares observadas em pessoas idosas, estando ou não associadas a doenças sistémicas.
À conversa com Sónia Afonso Encarnação e Tito Encarnação, optometristas da Realvisão, percebemos que “a prevenção e o acompanhamento são essenciais”. “Com o avançar da idade começam a surgir alterações não só a nível do cristalino (onde surge a catarata), mas principalmente a nível da retina”, referem, destacando que “o diagnóstico é de maior precisão quando se avalia a retina com um exame de OCT (Tomografia de Coerência Ótica), um exame de diagnóstico disponível nos nossos consultórios. Para além do OCT, conseguimos dispor de outros exames de diagnóstico como a análise dos campos visuais por perimetria, medição da pressão ocular, topografia da córnea, entre outros”.
A retinopatia diabética (RD) é uma das manifestações da diabetes com consequências mais graves. “Segundo o Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes de 2019, que apresenta dados relativos a 2018, dos internamentos cujo diagnóstico principal é a diabetes, 83% apresentavam manifestações oftalmológicas da doença. Nestes casos, o rastreio é fundamental e a Realvisão tem capacidade para o fazer”.
Sónia Encarnação faz questão de vincar que “na Realvisão aconselhamos as melhores soluções de acordo com as necessidades visuais de quem nos procura. Temos a preocupação de prestar serviços de qualidade para que as pessoas nos vejam como uma referência no que diz respeito aos cuidados primários da visão”.
MAIS CUIDADOS
E estarão as pessoas mais preocupadas com a sua visão? Estes optometristas dizem que sim. “Cerca de 85% da informação que chega ao cérebro é pela via visual. Durante o período de pandemia, as pessoas tomaram uma maior consciência da sua dependência, das capacidades visuais para desempenharem as tarefas diárias, pois o sentido da visão foi exposto a grandes períodos de esforço, surgindo algumas debilidades e dificuldades visuais”.
“A nossa preocupação enquanto profissionais da saúde visual é transmitir às pessoas que temos um conjunto de soluções que podem ir ao encontro dos seus problemas visuais, com a finalidade de os corrigir e proporcionar uma visão melhor e mais confortável”, refere Tito Encarnação, acrescentando que “o optometrista deteta e compensa os problemas de visão de origem não patológica. Quando nos deparamos com alterações da saúde ocular, encaminhamos para o profissional de saúde com competências para a sua resolução”.
PREVENÇÃO É PALAVRA CHAVE
A mais recente aposta da Realvisão é o controlo da miopia em crianças e adolescentes. Estudos recentes estimam que em 2050 cerca de 50% da população mundial seja míope, daí que seja importante “prevenir desde a infância”.
“As pessoas que desenvolvam miopia acima das seis dioptrias têm, aos 75 anos, um risco 21 vezes superior de ter um descolamento de retina e um risco 40 vezes superior de ter uma maculopatia miópica, isto quando comparado com um não míope”, indica Tito Encarnação.
“Neste momento fazemos o controlo da miopia a muitos jovens e temos tido resultados encorajadores uma vez que o crescimento da miopia nestes casos praticamente não existiu”, conclui.