Não cairei no erro de principiante de tentar prever todos os resultados eleitorais do distrito, embora tenha a fezada que os palpites não seriam muito diferentes da realidade que nos espera. Contundo, posso arriscar fazê-lo em Vila Real, uma vez que poucas dúvidas parecem remanescer sobre a vitória do Partido Socialista.
Segundo se vai ouvindo, a candidatura da força política supra referida passará pelo assumir da liderança do atual Vice-Presidente da Câmara, Alexandre Favaios, personalidade que não conheço – não me sentindo assim amarrado a qualquer juízo – mas da qual só ouço falar bem, sendo-lhe sempre elogiada a proximidade, sensibilidade e honestidade, reconhecendo-se-lhe já a legítima herança da governação socialista vila-realense.
No entanto, vencer eleições em Vila Real já exigiu para o Partido Socialista bem mais que as competências elencadas. Antes de Rui Santos o partido perdia sucessivos atos eleitorais, permitindo que o opositor direto – PSD – alcançasse percentuais superiores a 55%, como sucedeu em 2001, quando o Partido Socialista se ficou pelos 31,85%. Percentual que, por mérito da capacidade transformadora do visado e de quem o acompanhou, se transformou nos 64,35% de 2017.
O atual Presidente é a figura maior do Partido Socialista no concelho de Vila Real. Apesar disso, a sua ausência do quadro governativo autárquico não justifica alarmismo, uma vez que o partido beneficia de uma oposição que viveu demasiado tempo refém de quem nada de bom levou para a direita transmontana.
O Partido Social Democrata, que agora se vê gerido por novas caras, tem – embora poucas hipóteses de vitória se perspetivem para 2025 – a oportunidade de apresentar a sua força que muito ditará a atividade política dos próximos quatro anos.
Saindo com um resultado menos positivo – porém próximo do PS – poder-se-á preparar para em 2029 enfrentar o opositor Socialista com os desígnios de triunfo. Por outro lado, deixando passar o sufrágio sem que procure lograr resultado competitivo, dificilmente retirará bons proveitos daqui a cinco anos.
Voltando a Rui Santos, e aos membros dos executivos que o acompanharam, importa evidenciar o trabalho destes três mandatos que, incontestavelmente, transformaram positivamente a nossa cidade.