Sábado, 25 de Janeiro de 2025
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Autárquicas 2025: Rui há só um

Encontram-se aí perto as eleições autárquicas de 2025 que, naturalmente, implicarão mudanças governativas na esfera do poder local, seja pela alternância partidária do poder público ou por intermédio da aplicação da Lei n.º 46/2005, de 29 agosto, que estabelece limites à renovação sucessiva de mandatos dos presidentes dos órgãos executivos das autarquias locais. 

Não cairei no erro de principiante de tentar prever todos os resultados eleitorais do distrito, embora tenha a fezada que os palpites não seriam muito diferentes da realidade que nos espera. Contundo, posso arriscar fazê-lo em Vila Real, uma vez que poucas dúvidas parecem remanescer sobre a vitória do Partido Socialista.

Segundo se vai ouvindo, a candidatura da força política supra referida passará pelo assumir da liderança do atual Vice-Presidente da Câmara, Alexandre Favaios, personalidade que não conheço – não me sentindo assim amarrado a qualquer juízo – mas da qual só ouço falar bem, sendo-lhe sempre elogiada a proximidade, sensibilidade e honestidade, reconhecendo-se-lhe já a legítima herança da governação socialista vila-realense.

No entanto, vencer eleições em Vila Real já exigiu para o Partido Socialista bem mais que as competências elencadas. Antes de Rui Santos o partido perdia sucessivos atos eleitorais, permitindo que o opositor direto – PSD – alcançasse percentuais superiores a 55%, como sucedeu em 2001, quando o Partido Socialista se ficou pelos 31,85%. Percentual que, por mérito da capacidade transformadora do visado e de quem o acompanhou, se transformou nos 64,35% de 2017.

O atual Presidente é a figura maior do Partido Socialista no concelho de Vila Real. Apesar disso, a sua ausência do quadro governativo autárquico não justifica alarmismo, uma vez que o partido beneficia de uma oposição que viveu demasiado tempo refém de quem nada de bom levou para a direita transmontana.

O Partido Social Democrata, que agora se vê gerido por novas caras, tem – embora poucas hipóteses de vitória se perspetivem para 2025 – a oportunidade de apresentar a sua força que muito ditará a atividade política dos próximos quatro anos.

Saindo com um resultado menos positivo – porém próximo do PS – poder-se-á preparar para em 2029 enfrentar o opositor Socialista com os desígnios de triunfo. Por outro lado, deixando passar o sufrágio sem que procure lograr resultado competitivo, dificilmente retirará bons proveitos daqui a cinco anos.

Voltando a Rui Santos, e aos membros dos executivos que o acompanharam, importa evidenciar o trabalho destes três mandatos que, incontestavelmente, transformaram positivamente a nossa cidade.

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