Como são os casos da gratuituidade nos transportes públicos, nos museus, nas taxas moderadoras do Serviço Nacional de Saúde e complemento especial de pensão de 7%. Todas estas promessas foram reivindicadas pelos agrupamentos associativos e pela Federação das Associações de Combatentes. Para facilitar algumas dessas reivindicações acordadas e, sobretudo, para empatar e iludir a classe mais sacrificada da sociedade Portuguesa, criou a Direção-Geral de Recursos de Defesa Nacional e uma secretaria de Estado dos Combatentes.
Claro que António Costa e seus sequazes criaram serviços para justificar empregos para os seus rapazes e moçoilas que entram no partido para colar cartazes e assessorar chefes e adjuntos. Foi assim que encheu toda a administração pública e para-pública, seus satélites. A passo de lesma e à espera que a Covid-19 leve depressa esses antigos mancebos que ainda não morreram, e que, durante os treze anos de guerra foram carne para canhão.
O governo que temos criou o cartão do Combatente que fora anunciado no mandato anterior. Esse cartão tem sido mandado às pinguinhas e dizem os pregoeiros que já chegaram a casa dos indigentes, 150 mil cartões prontinhos a usar. Tudo falso. Que já saiu no Diário da República é verdade. Mas esse malabarismo tem servido para adiar a eficácia do cartão. Ou seja, o cartão anda nos bolsos dos destinatários. Mas, até hoje, ainda não há conhecimento de que tenha sido utilizado, em qualquer sítio, por falta de dinheiro e de autorização superior. O cartão enuncia as regalias que esse título permite pagar. Mas na prática nada funciona. O governo andou e continua a anunciar os milhões da Bazuca europeia. Gaba-se de que esse dinheiro já chegou e faz crer que é um privilégio do partido que o suporta. Falso, todos os 27 países da União Europeia têm as verbas equivalentes. Mas não há beneméritos, nem nepotismo. Que benefícios sociais previu a distribuição desses dinheiros para as classes mais injustiçadas, como sempre foram, desde a revolução de Abril? Muitos Combatentes, pela idade, pela fome, pela falta de apoio social ou de lares de acolhimento, arrastam-se na via pública, na solidão e em qualquer canto, com vergonha do seu próprio abandono.
A Secretária de Estado dos Combatentes deverá demitir-se porque desde há um ano que não paga o que prometeu.