A informação foi avançada pela câmara municipal, que explica que a estranha pedra de altar foi encontrada durante as obras de requalificação na igreja de S. Plágio de Longa.
O município está ainda a elaborar a Carta Arqueológica do concelho, explicando o arqueólogo responsável por este trabalho que se trata de “uma descoberta rara” em Portugal, uma vez que “não há informação de igrejas que tenham uma pedra-relicário”, com exceção de uma em Alcabideche, concelho de Cascais. “Estamos a estudar a pedra, descobrimo-la há pouco mais de uma semana, mas do que já foi possível analisar, é uma pedra-relicário, ou seja, uma pedra de altar, que deverá ser do século XII ou XIII”, apontou José Carlos Santos.
“À luz do dia está agora uma pedra-relicário, em que outrora se encerravam relíquias de santos”, pertencente ao que pode ser “um primitivo altar romano”, sublinha a autarquia. “Um achado impressionante a acrescentar ao extenso património da freguesia”.
No entanto, o arqueólogo diz que o achado é recente e que é necessário analisá-la e estudá-la, não tendo qualquer inscrição gravada que possa indicar que é romana.
Trata-se de uma coluna, com as quatro faces côncavas, no topo da qual está esculpido o compartimento denominado de ‘túmulo’ ou ‘sepulcro’, em que se guardavam relíquias de santos, dentro duma caixa-relicário de madeira. Sobre a pedra era depois colocada uma pedra de altar.